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Morre de causas naturais maior contrabandista do país preso em 2011

Alcides Carlos Grejianin, o Polaco, morreu terça-feira em um hospital de Umuarama e foi enterrado ontem em Eldorado (MS)

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Campo Grande News

Morreu de causas naturais o sul-mato-grossense que até 2011 era apontado como o maior contrabandista de cigarro trazido do Paraguai para abastecer o comércio ilegal brasileiro. Alcides Carlos Grejianin, o Polaco, morador em Eldorado, morreu terça-feira (14), de causas naturais.

Bastante doente, ele estava internado em um hospital de Umuarama (PR), onde morreu há dois dias. O corpo foi enterrado ontem em Eldorado.

Polaco foi preso no dia 23 de novembro de 2011, na operação Alvorada Voraz, desencadeada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), Polícia Militar e PRF (Polícia Rodoviária Federal) para repressão ao contrabando de cigarros.

No dia 1º de março de 2012, ele deixou o presídio de segurança máxima Jair Ferreira de Carvalho, em Campo Grande, junto com o filho, também preso por contrabando.

O habeas corpus foi concedido pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) após a defesa questionar a prisão decretada por um juiz da auditoria militar. A operação contra o esquema de Polaco em 2011 prendeu também policiais militares envolvidos com o contrabando de cigarro.

De acordo com a denúncia da época, policiais militares recebiam propina para permitir a livre circulação de carregamentos de cigarros enviados por Polaco e que passavam por Porto Murtinho, Bela Vista, Jardim, Sidrolândia e Campo Grande. Seis PMs foram presos e um coronel foi investigado.

Na época, Alcides Carlos Grejianin foi apontado de ser dono de um patrimônio milionário. A justiça federal tinha sequestrado seis fazendas de propriedade do contrabandista, sendo uma avaliada em R$ 20 milhões. Em fevereiro de 2011, a justiça arrecadou R$ 7 milhões com leilão do gado apreendido.

Após a operação, a Justiça Federal rastreou 11 fazendas de Polaco na fronteira com o Paraguai. Uma delas, de 2,5 mil hectares, foi avaliada em R$ 25 milhões. Condenado por contrabando, ele respondia em liberdade, mas perdeu quase todo o patrimônio.

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