Buscar

MS registra o maior número de descargas atmosféricas dos últimos três anos

O crescimento da quantidade de descargas atmosféricas em 2020 em relação a 2019 foi de 0,6% e em comparação com 2018 foi de 57,7%.

Cb image default
Divulgação

Mato Grosso do Sul registra em 2020 o maior número de descargas atmosféricas dos últimos três anos. Segundo levantamento da ferramenta de alerta de situação climática NetClima, utilizada pela concessionária de energia elétrica Energisa, no acumulado de janeiro a novembro foram registradas 6.286.635 ocorrência do fenômeno. No mesmo período de 2019 foram 6.246.378 e em 2018, 3.984.362.

O crescimento da quantidade de descargas atmosféricas em 2020 em relação a 2019 foi de 0,6% e em comparação com 2018 foi de 57,7%. Nestes 11 meses deste ano, a média é de 517.512 descargas por mês, 18.766 por dia, 781 por hora, 13 por minuto, uma a cada 4,6 segundos.

O doutor em Geofísica e professor do Instituto de Física da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Widinei Fernandes, explica que existem dois tipos de descargas atmosféricas.

O professor comentou ainda que na Primavera e no Verão são registradas mais de 75% das descargas atmosféricas que ocorrem ao longo do ano.

O gerente de Operação da Energisa, Fernando Corradi, diz que as descargas atmosféricas são as principais causas de interrupção do fornecimento de energia elétrica no sistema de distribuição. Ele diz que as descargas podem ocasionar rompimento de cabos, queima de transformadores, quebra de postes, isoladores e cruzetas e consequentemente causar a interrupção do fornecimento de energia aos consumidores.

“As descargas são produzidas nas nuvens cúmulos nimbos. Elas, nessa época do ano, se desenvolvem preferencialmente no período da tarde. Devido ao aquecimento do solo, essas nuvens vão se formando. Elas têm grande crescimento vertical e têm gelo. O atrito dessas partículas de gelo dentro da nuvem provoca as descargas atmosféricas. Essas descargas, em sua grande maioria ocorrem dentro das nuvens. São chamadas de relâmpados intranuvens. Mais de 70% ocorrem dentro das nuvens e uma parte vem para o solo. Essa parte é chamada de relâmpago nuvem-solo, o que a gente chama de raio. São essas que na verdade causam danos a parte elétrica, causam danos a parte de telecomunicações e que matam ou ferem as pessoas que são atingidas por elas”.

Widinei Fernandes

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.