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Mulher descobre gravidez um dia antes do parto e perde bebê após 4 horas em MS: 'Foi negligência médica'

Segundo Larissa, ela não desconfiou da gravidez porque fazia 1 ano e 7 meses que não menstruava. Ela acreditou que estava engordando porque fazia uso de hormônio.

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Foto: Larissa Costa Freitas /Arquivo Pessoal

Uma dor intensa na barriga foi o sintoma responsável por levar Larissa Costa Freitas, de 20 anos, ao médico. Entre 3 dias de atendimento e sendo medicada, veio o diagnóstico: gravidez, um dia antes do parto.

A jovem ainda se recupera do trauma, lamenta a perda do bebê e fala de negligência médica, em Paranaíba, a 407 km de Campo Grande.

O hospital nega o fato e diz que não recebeu nenhuma "reclamação na ouvidoria ou até mesmo solicitação de investigação interna".

"Ele morreu depois de 4 horas que nasceu. Isso é ruim para mim e, mesmo fazendo 1 ano, eu lembro daquele dia porque até eu estava correndo risco de vida durante o parto", explica ao G1.

No dia 13 de outubro de 2017, ela deu entrada em um hospital da Cassems passando mal e só depois de dois dias é que foi confirmada a gravidez. O bebê, um menino, morreu quatro horas após o nascimento.

De acordo com a jovem, o médico que a atendeu pela 1ª vez no hospital chegou a questioná-la da possibilidade de uma gravidez, o que foi imediatamente negado por ela. Larissa então foi medicada e recebeu alta médica. No dia seguinte, retornou ao local com fortes dores e foi solicitado exames de gravidez, urina e de rins. No dia 15, a gravidez foi confirmada.

"Doutor, quantos meses o senhor acha que eu estou grávida? E ele respondeu: 'Olha, você está de uns 5 a 6 meses', relembra.

Em nota, a Cassems informou que no sistema não consta nenhuma ouvidoria (reclamação ou solicitação de investigação interna) relatada pela paciente, Larissa Costa, até o dia de hoje. Ao verificar os procedimentos clínicos adotados no caso, consta que os mesmos estão dentro dos padrões. Toda a assistência necessária, diante da gravidade da situação, foi feita por parte do Plano de Saúde e do Hospital Cassems de Paranaíba.

Segundo Larissa, o médico pediu que, no dia seguinte, ela procurasse o ginecologista para fazer o final do pré-natal, porque pelo tempo da gestação, seria possível até saber o sexo da criança. Ainda com muita dor, ela foi informada pelo especialista que o incômodo era por conta do bebê estar se encaixando nas costelas.

Ele passou remédio para tomar para aliviar as dores. Foi embora para casa e passou mal novamente, no domingo. No 3° dia de peregrinação até o hospital, Larissa foi atendida por outra médica que a informou que estava em trabalho de parto, há 3 dias.

"Eu estava gritando de dor em casa e achei que iria morrer. Foi aí que me falaram que eu estava em trabalho de parto, desde sexta-feira", lamenta.

A jovem foi transferida do hospital na qual tinha convênio médico para a Santa Casa de Paranaíba. Segundo Larissa, a médica disse que a criança tinha engolido água do parto e que o nascimento deveria ter sido um dia antes. A jovem ainda alega que a transferência foi porque no hospital da Cassems não tinha pediatra.

"O bebê estava com 9 meses, perfeitinho. Eu estava sem menstruar há 1 ano e 7 meses. Quando foi abril do ano passado, fui na minha ginecologista porque eu estava engordando demais. Ela me disse que era coisa do hormônio que eu estava tomando. Neste período, já estava grávida de 3 meses", explica.

Larissa conta que o bebê nasceu, mas, não chorou. A pediatra disse que a criança estava em estado grave e o motivo seria ter passado da hora para nascer. A família dela fez um boletim de ocorrência e entrou na justiça com o objetivo de esclarecer a situação e que o responsável pague pela possível negligência médica.

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