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Mulher morta há quatro meses dá à luz bebê saudável

(Foto: Correio do Estado)

Um caso raro ocorrido em Portugal emocionou médicos do mundo todo. Mesmo sendo diagnosticada com morte cerebral, uma mulher teve a atividade dos outros órgãos mantida por aparelhos para que sua gestação pudesse ser continuada por 55 dias até que seu bebê atingisse idade suficiente para nascer.

A história foi divulgada pelo jornal El País. A mãe tinha 37 anos e estava grávida de seu segundo filho.

Paciente oncológica, depois de uma hemorragia intracerebral, seu cérebro perdeu as funções e foi tido como “morto” pelos médicos. Ou seja, ele já não era capaz de enviar estímulos para que o restante do corpo funcionasse.

Em casos de morte cerebral, os outros órgãos só conseguem funcionar quando aparelhos externos trabalham desempenhando funções como a de mandar o pulmão respirar ou o sangue circular, por exemplo.

Mas, no caso português, a família da mulher optou por deixá-la ligada aos aparelhos para que a gestação pudesse seguir tempo suficiente para o bebê sobreviver fora do útero.

Com 32 semanas a equipe chegou à conclusão de que o pequeno já podia ser retirado do corpo de sua mãe que, nas palavras dos médicos, serviu como uma incubadora para o desenvolvimento do bebê.

O menino nasceu com 2,350 kg por meio de cesárea e está na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) para que ganhar peso. De acordo com o corpo clínico do hospital, ele está bem, mas exames devem investigar possíveis danos neurológicos.

"Apenas com 40 ou 42 semanas será feito uma ressonância magnética que indicará um eventual dano cerebral", explicou a diretora da unidade de neonatologia do Hospital San José de Lisboa, Teresa Tomé, em entrevista concedida ao site El País.

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