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No último discurso sobre o Estado da União, Obama diz que é preciso consertar a política

Apesar do tom otimista, ele reconhece que fosso entre partidos aumentou – e que, em ano eleitoral, não há muito o que se possa fazer

Em seu último discurso sobre o Estado da União, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, apontou distorções do sistema eleitoral, reafirmou a importância de debates mais elevados em Washington e defendeu a necessidade de consertar a política norte-americana. O futuro que queremos - oportunidades e segurança para nossas famílias; melhor qualidade de vida; e um planeta pacífico e sustentável para nossos filhos - tudo isso está ao nosso alcance. Mas isso só acontecerá se trabalharmos juntos. Isso só vai acontecer se pudermos ter debates racionais, construtivos, afirmou no Congresso americano, em discurso que começou por volta das 21 horas desta terça-feira (meia-noite em Brasília) e durou pouco mais de uma hora. Isso só vai acontecer se consertarmos nossa política.

Bastante aplaudido, Obama ressaltou que uma política melhor não significa que todos devem concordar sobre todos os temas. Este é um grande país, com diferentes atitudes e interesses. Esse é um dos nossos pontos fortes, disse. Mas a democracia exige laços básicos de confiança entre os seus cidadãos. Ele não funciona se pensarmos que as pessoas que discordam de nós estão todas motivadas por malícia ou que os nossos adversários políticos são antipatrióticos [...] Nossa vida pública murcha quando apenas as vozes mais extremadas conseguem a atenção. Acima de tudo, a democracia falha se a pessoa comum sente que sua voz não importa. O discurso do Estado da União ocorre todos os anos no Congresso e é transmitido em cadeia nacional de TV e rádio. É um dos eventos mais importantes no calendário político dos Estados Unidos.

Arrependimento - Dirigindo-se aos congressistas, Obama disse que: Há muitas pessoas nesta Casa que gostariam de ver mais cooperação, um debate mais elevado, mas se sentem presas às necessidades eleitorais. Em seguida, disse que irá percorrer o país para pressionar por mudanças. Temos de reduzir a influência do dinheiro em nossa política. Temos que tornar a votação mais fácil, não mais difícil. Ao apontar distorções do sistema eleitoral, ele considerou que são muitas as pessoas que acreditam que as regras são manipuladas para favorecer os mais ricos e poderosos. É um dos poucos arrependimentos da minha presidência: que o rancor e a desconfiança entre os partidos tenham se agravado. Sem dúvida um presidente com o talento de Lincoln ou Roosevelt poderia ter construído mais pontes, e eu garanto que vou continuar tentando melhorar enquanto ocupar a presidência.

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