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Sócio da Telexfree pode estar no Brasil 

O coproprietário da Telexfree, Carlos Wanzeler, pode estar no Brasil. Segundo o jornal americano Boston Globe, fontes familiarizadas com o assunto disseram que Wanzeler, que tem cidadania americana e brasileira, deixou sua casa em Northborough, no Massachusetts e veio para o país via Canadá.

De acordo com a publicação, o Brasil não é obrigado a extraditar para os EUA cidadãos acusados de cometerem crimes no exterior.

Wanzeler e seu sócio, James Merrill, são acusados de conspiração para cometer fraude eletrônica.

Merrill foi preso na última sexta-feira e deve ser ouvido em uma audiência na próxima sexta-feira. Já Wanzeler é considerado um fugitivo pelo Departamento de Justiça dos EUA.

No Brasil, as operações da Telexfree foram bloqueadas em 2013, por tempo indeterminado, a pedido do Ministério Público do Acre.

Já nos EUA, em abril, autoridades congelaram milhões de dólares em bens e entraram com uma ação contra a TelexFree nos EUA nesta semana acusando o grupo de promover esquema ilegal de pirâmide financeira.

O advogado de Wanzeler, Paul Kelly, falou com o Boston Globe e disse que a defesa do brasileiro está avaliando as ações apropriadas a serem tomadas em seu nome.

Se condenados, Merrill e Wanzeler podem ser condenados a 20 anos de prisão cada um.

INVESTIGAÇÃODesde o início de 2013, a Telexfree estava sendo investigada pelo Departamento de Defesa do Consumidor, que recebeu denúncias de diversos Procons do país e do Ministério Público do Acre.

Em junho passado, o órgão instaurou processo administrativo contra a companhia, que poderia ser multada em até R$ 6 milhões caso a fraude fosse comprovada.

Um mês depois, a Polícia Federal anunciou que também investigaria a empresa Ympactus Comercial Ltda., nome de fantasia da TelexFree. A determinação para abertura do inquérito foi dada pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

Com a entrada da PF no caso, há uma investigação criminal.

EUAA acusação de promover esquema de pirâmide financeira chegou aos Estados Unidos, onde, em abril, autoridades americanas congelaram milhões de dólares em bens e entraram com uma ação contra a empresa.

Segundo a SEC (comissão de valores mobiliários dos EUA), autora da ação na Corte Distrital de Massachusetts, a companhia opera por meio de oferta fraudulenta e não registrada de títulos, que tem como principais alvos brasileiros e dominicanos que vivem nos EUA.

A EMPRESAA Telexfree tem sede no Espírito Santo, mas atua pela internet. A empresa apresenta-se em seu site como fornecedora de serviços de voz e faz propaganda de enriquecimento fácil a quem se torna divulgador de seus serviços.

O trabalho oferecido pela companhia consiste em espalhar anúncios pela internet. Para participar, contudo, o colaborador tem de pagar uma taxa de adesão e comprar um kit que o habilita à função.

Ela ainda oferece ainda o pagamento de comissão a quem trouxer mais membros.

A Telexfree está proibida, no entanto, de aceitar novos colaboradores desde junho por determinação da Justiça de Rio Branco (AC).

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