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Testemunhas são multadas por faltarem a júri de acusado de matar esposa

Júri estava marcado para hoje, mas três testemunhas não compareceram

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Foto: Bruno Henrique / Arquivo / Correio do Estado

Julgamento de Genilson Silva de Jesus, acusado de matar a esposa, Ramona Regilene Silva, a facadas, foi remarcado devido a ausência de três testemunhas de acusação. Júri estava marcado para esta quinta-feira (21) e, pelo transtorno causado, juiz multou cada testemunha faltante em um salário mínimo, de R$ 998, e determinou condução coercitiva delas para o próximo julgamento, redesignado para fevereiro de 2020.

Feminícidio aconteceu no dia 4 de junho de 2017, na residência do casal, no Conjunto Residencial Celina Jallad, no Portal Caiobá. Vítima foi encurralada entre o guarda-roupa, a cama e a parede e foi esfaqueada pelo acusado, que não aceitava o fim do relacionamento.

A sessão de julgamento não chegou a ser instalada na 1ª Vara do Tribunal do Júri, devido ao Ministério Público Estadual alegar que as testemunhas são imprescindíveis para o júri popular. Na próxima sessão, as testemunhas serão conduzidas pela polícia, para evitar nova ausência.

Juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida determinou a intimação das testemunhas, arroladas em caráter de imprescindibilidade, para pagamento da multa estabelecida no prazo de cinco dias, sob pena de inscrição em dívida ativa.

O CRIME

No dia 4 de junho de 2017, Genilson efetuou diversos golpes de faca contra Ramona, que não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

Conforme a acusação, no dia do crime, ambos estavam na casa da irmã da vítima e, ao deixarem o local, iniciaram uma discussão. Já na casa da vítima, localizada na Rua Rosa Ferreira Pedro, o acusado pegou uma facada e começou a golpear a vítima.

Ramona tentou correr para fora da residência e pedir socorria, mas Genilson a alcançou e continuou a esfaqueá-la, quando ela já tentava entrar no imóvel vizinho. O casal convivia há cerca de 7 anos e não tinha filhos em comum

Após o crime, o comerciante Genilson fugiu em meio a uma mata que fica aos fundos do residencial e tentou se desfazer da faca com 20 centímetros de lâmina. Objeto utilizado no assassinato foi encontrado e apreendido.

Revoltados, vizinhos do casal incendiaram veículo de Genilson, modelo picape Courier. Comerciante chegou a ser preso, mas a Justiça concedeu a ele o direito de responder o processo em liberdade.

Ele será submetido a julgamento por homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e feminicídio. 

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