Buscar

Tuberculose atinge 1 milhão de crianças e jovens ao ano

Número é o dobro do estimado pela OMS. Nova pesquisa ainda indica que, em mais de 30 000 desses casos, paciente não responde aos medicamentos

(Foto: Thinkstock)

A cada ano, a tuberculose atinge cerca de 1 milhão de jovens com menos de quinze anos no mundo — uma prevalência duas vezes maior do que a Organização Mundial da Saúde (OMS) havia estimado em 2012. E apenas um terço desses casos é diagnosticado. As conclusões fazem parte de um estudo publicado na revista médica The Lancet nesta segunda-feira, por ocasião do Dia Mundial da Tuberculose.

Dados mais recentes da OMS indicam que, em 2012, 530 000 pessoas dessa faixa etária tiveram tuberculose. Os autores do novo trabalho, feito na Universidade Harvard, nos Estados Unidos, concluíram que a doença na verdade afeta 999 792 jovens todos os anos, sendo que cerca de 32 000 (3,2%) desenvolvem a tuberculose multirresistente, que ocorre quando o paciente não responde aos principais medicamentos usados para tratar a condição.

 

De acordo com os pesquisadores, essa é a primeira vez em que se analisa a prevalência da tuberculose multirresistente em pessoas com menos de quinze anos, que representam cerca de um quarto da população mundial.

O estudo chegou a esses números após revisar dados globais sobre a doença e corrigi-los, levando em consideração casos de tuberculose que não haviam sido reportados. Uma enorme proporção de crianças está sofrendo e morrendo por tuberculose de maneira desnecessária, diz Helen Jenkins, pesquisadora da Divisão de Ações de Saúde Global do Hospital Brigham and Women’s, que pertence à Universidade Harvard, e coordenadora do levantamento. Segundo Helen, é importante diagnosticar precocemente a tuberculose em crianças, pois a doença se desenvolve muito rapidamente nesses pacientes.

A OMS estima que a tuberculose afetou 8,6 milhões de pessoas e causou 1,3 milhão de mortes no mundo em 2012. O órgão prevê que até 2 milhões de indivíduos apresentem a forma resistente da doença em 2015.

(Com AFP)

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.