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Acusada por morte a mando do PCC, dupla é condenada a mais de 53 anos de prisão

Vítima foi decapitada e esquartejada no Los Angeles

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Ueslei e Wellington são julgados nesta quinta-feira (Foto: Marcos Ermínio, Jornal Midiamax)

Uesley de Oliveira Rodrigues, conhecido por ‘Mascote’, 24 anos, e Wellington Ferreira de Souza, o ‘Dedinho’, também de 24 anos, foram condenados, somadas as penas, a mais de 53 anos de prisão. Eles foram julgados nesta quinta-feira (22) acusados do assassinato de Fernando Nascimento dos Santos, 22 anos, decapitado e esquartejado em Campo Grande.

Conforme decisão do Conselho de Sentença, Uesley foi condenado pelo crime de homicídio qualificado por motivo torpe e meio cruel, também por cárcere privado. A pena foi fixada em 26 anos e 9 meses de prisão pelo juiz Carlos Alberto Garcete. Ele foi absolvido da acusação de associação criminosa e ocultação de cadáver.

Já Wellington foi condenado pelo homicídio qualificado por motivo torpe e meio cruel, cárcere privado e associação criminosa, sendo a pena fixada em 26 anos e 6 meses de prisão. A dupla responderá pelos crimes em regime fechado.

A pena de Uesley foi maior, porque ele foi um dos executores do crime. Wellington, mesmo respondendo por um crime a mais, a associação criminosa, teve pena menor porque não participou ativamente da execução. Foi ele quem filmou o assassinato.

O corpo de Fernando foi encontrado decapitado e esquartejado em uma estrada vicinal que liga a rua Engenheiro Paulo Frontim ao Macroanel, na região do Los Angeles. No dia seguinte ao crime os vídeos começaram a circular no WhatsApp. Fernando pedia desculpas ao PCC no vídeo, já que ele seria um membro do CV (Comando Vermelho).

Em um outro vídeo, as imagens são da vítima sendo degolada por um homem encapuzado. Fernando chegou a ser mantido em cárcere por um dia antes de ser assassinado.

No julgamento desta quinta-feira, Uesley declarou que estava ansioso para o dia que seria julgado porque diria toda a verdade sobre os fatos. Ueslei foi preso na época do crime e disse ao júri que não é membro do PCC e muito menos teria participado da execução de Fernando. Segundo ele, no dia da prisão ele foi agredido por policiais na viatura. “Só parei de apanhar quando confessei”, afirmou. Ele disse que só frequentava a casa de Fernando para comprar drogas, porque lá funcionava uma boca de fumo.

O rapaz também contou que chegou a combinar com outro preso, Danilo Richeli da Silva (julgado em maio deste ano) para confessar o crime quando estavam na delegacia. “Eu disse que ia chegar hoje aqui e falar a verdade. Não tive participação e nunca me passou pela cabeça tirar a vida de alguém”. O juiz perguntou quem seriam os autores do crime então.

Em resposta, Ueslei disse que não acusaria ninguém. “Se não e saio morto do sistema”, falou. Ele foi apontado na denúncia como a pessoa que manteve Fernando em cárcere e que teria iniciado a degola da vítima. Ele também contou que sofre ameaças, corre risco de morte no presídio e já tentou transferência, mas teve pedido negado.

O julgamento foi acompanhado de duas equipes do Batalhão de Choque, que fizeram a escolta dos presos e reforçavam a segurança no local.

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