Buscar

Acusado alega que assumiu crime para acobertar família de Marielly

Ele e um enfermeiro vão a juri popular pela morte da universitária durante um aborto clandestino

Cb image default
Divulgação

Depois da justiça mandar a júri popular Hugleice de Souza, acusado de participação na morte da cunhada Marielly Barbosa Rodrigues, quase oito anos após o crime, a defesa apresentou hoje outra versão para o caso e alega que a família da universitária seria cúmplice do aborto mal sucedido que a matou.

O crime ocorreu em maio de 2011 e o corpo da jovem foi encontrado 20 dias depois em um canavial, localizado em uma estrada vicinal de Sidrolândia, distante 72 quilômetros de Campo Grande. O enfermeiro Jodimar Ximenes Gomes também responde pelo crime.

Conforme o advogado de Hugleice, José Roberto da Rosa, ele assumiu o crime para acobertar sua mulher e a sogra, respectivamente irmã e mãe da vítima. Na época do crime, causou estranheza o fato da família de Marielly continuar aceitando ele, inclusive com a manutenção do casamento com a irmã. As informações foram repassadas recentemente por familiares do acusado.

A nova versão aparece apenas após a decretação da prisão preventiva do acusado, com o crime prestes a completar oito anos, e pode ser uma estratégia da defesa para tentar protelar o julgamento.

De acordo com a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), Hugleice era casado com a irmã de Marielly, mas manteve relacionamento sexual com a cunhada, que originou a gravidez. De comum acordo, ambos teriam decidido pelo aborto, então, ele levou a vítima de Campo Grande até a casa de Jodimar, em Sidrolândia, para quem pagou R$ 500 para que o aborto clandestino fosse feito. Durante o procedimento, a jovem passou mal e morreu. Diante disto, o enfermeiro e o cunhado teriam descartado o corpo da universitária em um canavial.

A prisão de Hugleice, que chegou a negar envolvimento no crime, foi decretada meses depois. No entanto, ele foi solto no mesmo ano.

O caso voltou à tona no final do ano passado, quando Hugleice foi preso após esfaquear a esposa, irmã de Marielly, no Mato Grosso, onde mora desde que foi solto. Ele está preso preventivamente por conta deste crime, no MT, e o juiz de Sidrolândia decretou prisão preventiva também no caso Marielly. Hugleice aguardará o julgamento preso, enquanto Jodimar responderá em liberdade.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.