Publicado em 02/12/2020 às 13:06, Atualizado em 02/12/2020 às 17:07

Adélio alega humilhações em penitenciária de MS e pede transferência

Habeas corpus está nas mãos do ministro do STF, Nunes Marques

Adrieli Matos - Midiamax,
Cb image default
Divulgação

A DPU (Defensoria Pública da União) ingressou com Habeas Corpus em favor de Adélio Bispo de Oliveira, que está sob custódia na PFCG (Penitenciária Federal de Campo Grande), pedindo a transferência para um hospital psiquiátrico em Minas Gerais. Na peça, a Defensoria alega que Adélio vem sendo alvo de humilhações e constrangimentos.

Em setembro de 2018, ele foi preso após tentar assassinar o então candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro – que foi eleito um mês depois. Adélio foi absolvido em junho de 2019 após ser declarado inimputável.

A direção da PFCG apontou que não tem condições de manter o interno no local, já que ele necessita de acompanhamento psiquiátrico, que não é oferecido na unidade. Além disso, a DPU sustenta que Adélio vem sendo constrangido por um policial penal.

Esse agente tem tido comportamento hostil com o interno, tratando-o rispidamente. O primeiro caso citado relata que o policial penal questionou em voz alta se Adélio sairia para o banho de sol.

No segundo caso, o agente atirou para dentro da cela uma refeição do interno, “dizendo que quem vota no Lula é vagabundo e que Bolsonaro é um homem de Deus”. Em depoimento, um detento declarou que Adélio é perseguido desde que deu entrada na PFCG. O depoente chegou a pedir para mudar de ala por não suportar o clima hostil.

O HC foi distribuído ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Nunes Marques.