Publicado em 04/01/2021 às 05:16, Atualizado em 04/01/2021 às 09:20

Advogado de MS vai ao CNJ contra juíza que defende aglomerações

A magistrada defendeu, no Twitter, a aglomeração de pessoas nas praias e festas, mesmo com a pandemia do novo coronavírus

redação com , Diana Christie / Top Midia News
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Divulgação

Advogado em Mato Grosso do Sul, José Belga Assis Trad pediu abertura de inquérito no CNJ (Conselho Nacional de Justiça) para investigar a conduta da juíza Ludmila Lins Grilo, que atua em Buritis, Minas Gerais. As informações são do Conjur.

A magistrada defendeu, no Twitter, a aglomeração de pessoas nas praias e festas, mesmo com a pandemia do novo coronavírus. "Uma cidade que não se entregou docilmente ao medo, histeria ou depressão", publicou Ludmila, sobre vídeo que mostra reunião em Búzios, no Rio de Janeiro.

Em outra postagem, ela traz um vídeo de pessoas aglomeradas na praia enquanto assistem à queima de fogos de artifício e escreve a hashtag #AglomeraBrasil. Segundo o advogado, a declaração contraria as orientações dos profissionais de saúde, autoridades sanitárias e do próprio CNJ.

"Ao se manifestar contra as recomendações das autoridades sanitárias, embora não tenha formação e não seja médica sanitarista, o público que tem acesso ao conteúdo das postagens da doutora passa a confundir a opinião, infundada, da magistrada com a da magistratura", diz.

"Mais ainda", prossegue, "as pessoas que nela confiam por ser uma autoridade integrante do Poder Judiciário certamente serão influenciadas por sua irresponsável e inconsequente manifestação, que, de tão absurda, pode estar a configurar crime de apologia à infração de medida sanitária preventiva".

No documento que pede a apuração de eventual infração ético disciplinar por parte de Grilo, Trad destaca que o Código de Ética da Magistratura Nacional impõe uma série de restrições e exigências aos juízes, entre elas a de que o magistrado se comporte na vida privada de modo a dignificar sua função.