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Após quebra de sigilo, Planalto diz que Temer entregará dados bancários

A quebra de sigilo foi autorizada pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal....

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Divulgação

O Palácio do Planalto disse nesta segunda-feira, em nota oficial, que o presidente Michel Temer dará “total acesso” a seus extratos bancários, após ser determinada a quebra de seu sigilo no chamado inquérito dos portos.

A quebra de sigilo foi autorizada pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, relator do caso no STF, e a decisão foi criticada pelo ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, que a classificou de “indevida”.

“O presidente Michel Temer solicitará ao Banco Central os extratos de suas contas bancárias referentes ao período mencionado hoje no despacho do eminente ministro Luís Roberto Barroso. E dará à imprensa total acesso a esses documentos. O presidente não tem nenhuma preocupação com as informações constantes em suas contas bancárias”, diz a nota oficial.

Após a divulgação da nota, Marun disse que, apesar de decidir abrir seus extratos, Temer ficou indignado com a decisão de Barroso.

“Presidente vai divulgar os seus extratos, não tem nada a responder, mas encontra-se contrariado e indignado com essa decisão que consideramos indevida, principalmente em função do fato de que esse inquérito não possui base fática alguma para justificar uma medida como essa”, disse Marun.

O ministro disse que o presidente ainda não foi notificado da decisão e que a informação sobre a quebra do sigilo chegou ao Palácio do Planalto por meio da imprensa.

“Estamos entendendo que isso é real, fomos comunicados por vários órgãos de imprensa. Não fomos ainda notificados disso, mas também entendemos que as notícias são verdadeiras e que o pedido de quebra de sigilo bancário realmente ocorreu”, disse.

“Esse é um inquérito completamente fraco, onde inexistem quais indícios para que isso resulte em uma decisão dessas em que sendo tomada em relação ao presidente da República. Revela uma falta de cautela que nos estranha”, acrescentou Marun, que disse que a decisão gerou “indignação e constrangimento ao presidente e a todos nós”.

Temer é investigado no inquérito sob suspeita de ter editado um decreto que alterou regras do setor portuário com o objetivo de beneficiar a empresa Rodrimar, que atua no porto de Santos, em São Paulo.

O presidente nega quaisquer irregularidades e já afirmou que o decreto foi resultado de um grupo de trabalho do governo e não beneficiou a Rodrimar.

Fonte: Reuters/Lisandra Paraguassu

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