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Casal doa R$ 8 milhões para sair da cadeia, mas não revela quem é o dono

(Foto: Alexandro Benevides)

Quatro dias. É o tempo que ficou na cadeia o casal preso no sábado (9) com US$ 2,4 milhões, o equivalente a cerca de R$ 8 milhões, dinheiro possivelmente sujo, oriundo do crime organizado. Alexando Benevides, de 42 anos, e Eliete  Felisbino Benevides, de 45 anos, foram soltos nesta terça-feira (12), após audiência de custódia, feita por teleconferência com o juiz da 3ª Vara Federal de Campo Grande, Odilon de Oliveira, na qual abriram mão do valor, e ficaram livres sem revelar a origem de tanta grana.O montante apreendido com eles, de acordo com o magistrado, agora pertence à União, e poderá ser usado para construir uma unidade policial na fronteira de Mato Grosso do Sul, segundo informou o juiz. Segundo Odilon, a quantia milionária em moeda estrangeira está em uma instituição financeira em Campo Grande.

Incidente

Na transferência de Corumbá para Campo Grande, o avião onde estavam  os valores teve o pneu furado e fez um pouso forçado no Aeroporto Internacional de Campo Grande. A pista principal chegou a ficar interditada, até que fosse providenciado um pneu de um avião da FAB  (Força Aérea Brasileira).

Apesar de os responsáveis pela investigação, e do próprio magistrado, terem clareza de que, dado o alto valor e a forma como ocorreu a apreensão, os dólares só podem ser dinheiro vindo de algum tipo de modalidade de crime organizado, o casal foi liberado sem informar a origem das notas. Agora, isso vai ficar para a investigação da Polícia Federal, cujo prazo inicial é de 30 dias, como qualquer inquérito.O casal preso, segundo divulgado quando a apreensão ocorreu é morador de Guarulhos, na Grande São Paulo, e foi contratado para levar o dinheiro até Corumbá, a 444 quilômetros de Campo Grande, onde acabou preso.De acordo com o DOF (Departamento de Operações de Fronteira), Alexandro e Eliete receberiam R$ 4 mil para levar o dinheiro de Guarulhos até Corumbá. O valor, que totalizou US$ 2.421.324,00, era levado em embrulhos de presentes, em malas. Os dois estavam em um ônibus, na BR-262.Alexandro e Eliete foram levados até a Polícia Federal de Corumbá e autuados por evasão de divisas, crime financeiro, que consiste em enviar divisas para o exterior de um país sem declarar à repartição federal competenteOperação ‘Corumbá Segura II’A apreensão a Operação ‘Corumbá Segura II’ deflagrada pelo GGI-Fron (Gabinete de Gestão Integrada de Fronteira) realiza o patrulhamento nas entradas e saídas da cidade para a repressão a crimes na fronteira. Como no caso da apreensão, também são realizadas a vistoria em veículos e buscas foragidos da Justiça.
A Polícia Militar, DOF (Departamento de Operações de Fronteira), Polícia Civil, PRF (Polícia Rodoviária Federal), Policia Federal, PMRv (Polícia Militar Rodoviária); Guarda Municipal, Agetrat; Marinha e órgãos de segurança participam da operação.

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