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Caso Gabrielly: laudos apontam que agressões em briga de escola mataram menina de 10 anos

Foi agredida a chutes e golpes de mochila em frente à escola

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Os laudos com o resultado necroscópico apontaram que as agressões sofridas por Gabrielly Ximenes, de 10 anos, no dia 29 de novembro de 2018 a mataram. Ela foi agredida por duas adolescentes de 13 anos em frente à escola, onde estudava na zona norte de Campo Grande.

A delegada da Deaji (Delegacia Especializada de Atendimento a Infância e Juventude) Ariene Muradi disse nesta segunda-feira (25), que o resultado dos laudos apontou que as agressões sofridas pela menina contribuíram para sai morte. Gabrielly era portadora de uma imunodeficiência primária, que ninguém sabia.

Segundo a delegada de acordo com o laudo este tipo de doença seria muito comum em crianças, e de difícil descoberta. Os golpes que a menina levou – chutes e golpes de mochila – desencadearam a evolução da doença causando sua morte.

“A princípio não houve negligência médica, já que ninguém sabia da doença de Gabrielly”, falou a delegada que ainda explicou que as garotas irão responder por ato infracional de lesão corporal e que agora o processo será encaminhado para um juiz, que irá ou não determinar se elas devem ser internadas na Unei (Unidade Educacional de Internação).

Já os pais da menina de 9 anos, colega de Gabrielly na escola não devem ser responsabilizados pelo crime.

Relembre o caso

Gabrielly Ximenes, de 10 anos, morreu no dia 6 de dezembro, uma semana depois de ser agredida por três alunas no horário de saída da escola estadual em que estudavam, na zona norte de Campo Grande. Segundo a família, as meninas teriam 14 e 10 anos.

O pai da vítima contou que a filha e as meninas estudavam no período vespertino. Na hora do intervalo de aulas no último dia 29 de novembro, o trio teria se desentendido com Gabriela e ameaçado dizendo que a ‘pegariam’ na saída. Na saída escolar, as três abordaram e agrediram a menina, já fora do espaço da escola. Depois de apanhar, Gabrielly reclamou de dormência nas pernas e chegou a ficar caída no chão até a chegada do resgate que a encaminhou para uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento), que demorou cerca de uma hora e meia.

Após ser atendida na unidade de saúde, Gabrielly ficou em observação e recebeu alta no dia seguinte. No entanto, dias depois, a garota passou a reclamar de dores na virilha. Ela foi levada novamente até uma UPA e lá, descobriram que ela tinha um coágulo. Gabrielly chegou a passar por cirurgia, mas não resistiu e morreu.

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