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Caso Richthofen: Cristian Cravinhos conquista regime aberto e volta para as ruas

Preso foi condenado pela morte dos pais de Suzane

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Divulgação

Cristian Cravinhos, preso em 2002 pela morte de Manfred e Marísia Von Richthofen, pais de Suzane, passa a cumprir sua pena em regime aberto. Ele deixou o presídio de Tremembé, no interior de São Paulo, um pouco antes das 16h desta quarta-feira (23).

O documento foi assiando pela Vara de Execuções Criminais de Taubaté.

Condenado a 38 anos e meio de prisão, Cristian e o irmão Daniel Cravinhos, mataram os pais de Suzane após executarem um plano arquitetado pela filha do casal.

Os três foram presos em 2002 e condenados pelo Juri Popular em 2006. Suzane e Daniel, que eram namorados na época do crime, receberam pena de 39 anos de prisão. Cristian foi condenado a 38 anos e seis meses.

Suzane e Daniel continuam presos em Tremembé, no regime semiaberto, e aguardam decisão da Justiça sobreo pedido de cumprirem a pena em liberdade.

Em nota, a SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) do Estado de São Paulo informa que "Cristian Cravinhos foi posto em liberdade hoje (23), as 15h, na Penitenciária "Dr. José Augusto César Salgado" de Tremembé II, mediante a Alvará de Progressão para Regime Aberto."

O documento do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo apresenta algumas condições, entre elas obter atividade lícita em até 60 dias, não mudar de residência sem autorização, permanecer em casa das 22h às 6h, não frequentar bares e casas de jogos e se apresentar trimestralmente à Vara de Execuções Criminais.

De acordo com o a decisão, a psicóloga que avaliou Cristian Cravinhos disse que o preso demonstrou autocrítica, externou arrependimento, possui consciência da gravidade do crime e mantém conceitos éticos e morais preservados.

O Relatório Social aponta que o detento Cravinhos realizou aulas de violão e bateria na prisão e participou ativamente de atividades culturais e religiosas adquirindo maturidade durante o cumprimento da pena.

Outro ponto favorável ao detento foi o fato de Cristian Cravinhos ter sido beneficiado com 21 saídas temporárias, sempre retornando no prazo e cumprindo plenamente o acordo.

O crime

Manfred e Marísia dormiam quando Suzane, o namorado dela, Daniel, e o irmão dele, Cristian Cravinhos, entraram na garagem no carro da jovem. A polícia conta que Suzane foi até o quarto dos pais para conferir se eles estavam dormindo.

Autorizados por ela, Daniel e Cristian entraram em ação. Daniel se aproximou de Manfred. Cristian, de Marísia. Foram inúmeros os golpes na cabeça com barras de ferro. Os irmãos ainda usaram toalhas molhadas e sacos plásticos para sufocar o casal.

Durante o assassinato, Suzane esperou no andar de baixo da casa. A jovem revirou o escritório para simular um assalto. Antes de ir embora, o trio embolsou 5.000 dólares e R$ 8.000 guardados por Manfred.

Depois da morte dos pais, Suzane foi com Daniel para um motel. Às três da madrugada, a jovem deixou Daniel em casa e foi em busca do irmão Andreas em uma LAN house. Ela e o irmão caçula voltaram à mansão. Ao se depararem com os pais mortos, Suzane acionou a polícia.

Na madrugada do dia 22 de julho de 2006, o Tribunal do Júri condenou Suzane e os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos à prisão pelo assassinato do casal. Suzane, Daniel e Cristian foram condenados por duplo homicídio triplamente qualificado. Eles estão presos na penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo.

Em maio de 2013 a Record TV acompanhou a primeira saída temporária de Cristian Cravinhos. Assista: 

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