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Com bebê na UTI, suspeita de matar rival será monitorada por tornozeleira

O bebê nasceu de 26 semanas, está internato em estado grave, com necessidade de ventilação mecânica, em tratamento para infecção

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Foto: Diário Chapadense

Após dar à luz a um menino no dia 3 deste mês, Tayara Caroline Silva da Silva, 30 anos, suspeita de matar, Ingrid Lopes Ribeiro, 13 anos, a golpes de machadadas e enterrar o corpo na casa onde vivia, em Chapadão do Sul, por ciúmes do ex-marido, será monitorada por tornozeleira eletrônica.

Tayara foi presa em flagrante no dia 22 de janeiro e antes de ser ouvida formalmente começou a passar mal na delegacia. Na sequência, foi levada para uma unidade de saúde do município, mas devido a gravidade foi transferida para Campo Grande no dia 23 com início de aborto. Ela, que estava internada sob escolta com prisão preventiva decretada, recebeu alta na última quinta-feira (6) e deveria ir para um presídio.

Porém, o bebê nasceu de 26 semanas, está internato na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) em estado grave, com necessidade de ventilação mecânica, em tratamento para infecção neonatal. O defensor público Ernany Andrade Machado, responsável pela defesa da suspeita, pediu a revogação da prisão, solicitando a imposição de outras medidas cautelares, como por exemplo, a monitoração eletrônica com prisão domiciliar.

“A investigada, segundo prontuário, está de alta médica desde o dia 6, no entanto, impossibilitada de deixar o hospital em razão da prisão decretada nos autos, ou seja, está ocupando um leito de maternidade desnecessariamente, em prejuízo a outros”, segundo documento anexado pela defesa ao processo.

Em decisão, o juiz Sílvio C. Prado revogou o pedido de prisão domiciliar e acatou a solicitação para o uso de tornozeleira eletrônica. "Concluo mais pertinente apenas a monitoração eletrônica, devendo a investigada, no momento da instalação, indicar o local do hospital e de onde ficará hospedada. O endereço poderá ser alterado posteriormente mediante informação nos autos".

Caso - O corpo de Ingrid foi encontrado na noite do dia 22 de janeiro enterrado na casa onde Tayara vivia, na Rua Perdizes, no Bairro Esplanada III, em Chapadão do Sul. Ingrid estava desaparecida havia 3 meses. As duas eram amigas. A suspeita foi presa no mesmo dia numa casa na Rua Goiás. Indagada, confessou apenas que havia cedido a casa para ocultar o corpo.

No outro dia, um adolescente de 15 anos foi apreendido por suspeita de partição. Acompanhado pelo pai, o garoto confessou o crime dizendo que a vítima foi atraída até a residência e morta a golpes de faca e machadadas. Tayara, segundo o menor, planejou o crime, porque desconfiava que a vítima estava se relacionando com o seu ex-marido. A suspeita foi autuada por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. 

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