Publicado em 07/10/2019 às 14:39, Atualizado em 07/10/2019 às 18:52

Decretada prisão preventiva de policial militar que matou esposa e suposto amante

Militar está foragido e polícia faz buscas por ele

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Divulgação

A delegada da DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) de Paranaíba, a 407 quilômetros de Campo Grande, Eva Maira Cogo já representou pelo pedido de prisão preventiva do policial militar ambiental, Lúcio Roberto Cabral, que acatado pela Justiça. Ele é acusado de matar a esposa Regianni Araújo, de 32 anos, e Fernando Henrique Freitas, na noite de sábado (5).

Segundo a delegada algumas testemunhas já foram ouvidas, mas nenhum detalhe dos depoimentos ou nome de quem já foi ouvido será divulgado para não atrapalhar nas investigações. “Muitas pessoas estão com medo, e não vou passar detalhes para não atrapalhar”, disse a delegada.

A delegada ressaltou que já foi feito o pedido de prisão preventiva de Lúcio, que ainda está foragido e é procurado pela polícia. O policial teria agido por ciúmes, em razão de uma suposta traição da mulher, Regianni, que foi morta na casa dos sogros, com três tiros.

O PMA recebeu informações da esposa de Fernando Henrique Freitas de que ele estaria mantendo caso com Regianni. Ao tomar conhecimento, Lúcio estava na casa dos pais com a esposa e a questionou, mas ela negou.

Em seguida, ele foi armado para a casa de Fernando, no centro da cidade, por volta das 20 horas de sábado (5). A vítima dormia no sofá quando foi acordada com um chute, interrogada a respeito da traição e em seguida ferida com cinco vezes. A esposa de Fernando estava com a filha pequena na frente da casa quando tudo aconteceu.

Após o primeiro homicídio, o policial voltou para a residência dos pais. Lá, ele encontrou a esposa também no sofá e a matou com três tiros. “O pai dele estava na casa e tentou desarmá-lo, mas não conseguiu”, explicou a delegada. Depois de assassinar a esposa, Lúcio deixou a arma no imóvel e fugiu no carro do pai. Até o momento não foi encontrado.

Ainda conforme apurado, Fernando também atuava como corretor de imóveis em Paranaíba. A delegada disse não ter confirmado a hipótese de Lúcio ter recebido possíveis prints de conversas entre Regianni e Fernando. “O PMA responde por feminicídio e por homicídio qualificado por motivo fútil e que dificultou a defesa da vítima”, pontuou Eva.