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‘Ela não tinha nada que provocar’: defesa do assassino de Mayara Amaral culpa vítima

Jovem foi morta a marteladas por Luis Alberto em um quarto de motel e teve o corpo queimado

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Foto: Minamar Júnior

Defesa do assassino de Mayara Amaral em discurso usado por muitos na sociedade, como tentativa de justificar o assassinato de mulheres, também culpou a vítima pela sua morte. O advogado Conrado Passos, afirmou em no plenário do júri, que a musicista provocou Luis, o que resultou no seu assassinato.

“Dois drogados no motel, não deu outra, ela não tinha nada que provocar. Ele queria ir embora, e ela não deixou”, falou o advogado. Quem assistia ao julgamento ficou perplexo com a fala da defesa em tentar culpar Mayara pela sua morte.

Ainda durante a sua fala, o advogado disse que a musicista teria dito que tinha um relacionamento com mais três rapazes, e que ela poderia ter passado uma doença sexualmente transmissível para ele, “imaginem eles nesta situação, descobrir que seu companheiro pode ter te passado uma doença”, falou.

O advogado ainda pediu para que os jurados o julguem pelo crime de homicídio, em um momento de descontrole emocional, e não por feminicídio. Ainda segundo a defesa, um laudo comprova que Luis não teria discernimento do que estava fazendo, ele seria teria sido qualificado como semi-imputável.

Durante seu depoimento Luis contou que teria usado drogas além da conta, misturado com drogas sintéticas. E que eles teriam começado uma discussão depois da musicista falar que teria feito exames porque estava com uma doença sexualmente transmissível e que poderia ter passado para ele.

Mayara Amaral teve a vida interrompida, em julho de 2017, quando foi morta com golpes de martelo pelo baterista Luís Alberto Bastos Barbosa, 29 anos. Ela também teria sido esganada e teve R$ 17,3 mil em bens roubados. Além de Luís, mais dois homens foram presos no dia seguinte ao achado do corpo, acusados de participação no assassinato, mas após investigações concluíram que o baterista agiu sozinho.

O corpo da musicista foi encontrado por peões de fazendas da região do Inferninho, ainda em chamas. A defesa do acusado usou como estratégia o fato de Luís ser usuário de drogas e pediu uma avaliação de sanidade mental do rapaz, por acreditar que o crime tenha sido motivado por um distúrbio muito além de sua vontade.

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