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Ex-militar da FAB que matou Natalin é condenado a 24 anos e 8 meses de prisão em Campo Grande

Natalin Nara Garcia foi morta com um golpe de mata-leão em fevereiro de 2022

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Tamerson foi condenado pela morte de Natalin (Henrique Arakaki, Midiamax)

O ex-sargento da FAB (Força Aérea Brasileira) Tamerson Ribeiro Lima de Souza, 32 anos, foi condenado a 24 anos e 8 meses de prisão por matar a esposa Natalin Nara Garcia com um golpe de mata-leão em fevereiro de 2022. Ele passou por um novo julgamento nesta quarta-feira (27) após ter a condenação anulada.

O Conselho de Sentença condenou Tamerson a 24 anos e 8 meses de prisão por homicídio e ocultação de cadáver, com as qualificadoras feminicídio, motivo torpe e asfixia, pelo crime ter sido cometido na presença de criança e com ocultação de cadáver.

“Portanto, fica condenado, definitivamente, pelos crimes de homicídio e ocultação de cadáver, às penas de 24 (vinte e quatro) anos e 8 (oito) meses de reclusão e ao pagamento de 40 (quarenta) dias-multa, estes à razão de 1/30 (um trigésimo) do salário-mínimo vigente à época dos fatos”, conforme sentença do Juiz Dr Aluizio Pereira dos Santos, titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri.

A pena do ex-militar aumentou 1 ano e 4 meses em relação ao julgamento ocorrido em novembro do ano passado, anulado na época.

Durante o julgamento na manhã desta quarta, ele manteve a alegação de que apenas tentou conter a esposa quando a matou. Tamerson lamentou o que aconteceu e disse que não houve motivo torpe. Segundo ele, o caso não aconteceu por briga ou xingamentos. “Eu apenas tentei conter ela ao ver mais um episódio de agressão”, disse.

Julgamento anulado

Tamerson foi condenado, em novembro de 2022, a 23 anos e quatro meses por homicídio qualificado e ocultação de cadáver, porém o MPMS (Ministério Público Estadual) recorreu, já que os jurados desconsideraram a qualificadora de feminicídio.

E, então, foi submetido a novo julgamento, tendo o anterior sido anulado.

Levou filha para escola com Natalin no porta-malas

Após matar Natalin com um mata-leão, o ex-militar da Aeronáutica enrolou o corpo em um lençol, colocou no porta-malas e esperou o dia clarear. Ele ainda simulou conversas no WhatsApp fingindo ser Natalin para despistar a polícia.

Tamerson relatou que quando Natalin chegou à residência do casal, ela teria passado a xingá-lo, ofendê-lo e estapeá-lo, momento em que teria tentado segurá-la aplicando um mata-leão. Natalin caiu desacordada e Tamerson teria tentado acordá-la, mas acabou percebendo que a jovem estava morta.

O militar, então, a teria enrolado em um lençol e colocado o corpo dentro do porta-malas do carro. Ele esperou o dia clarear e levou a filha de 4 anos para a escola, com o corpo escondido no carro.

Depois foi até a rodovia e pegou uma estrada de chão, onde desceu, retirou o corpo e o arrastou até o matagal, onde o abandonou.

Feminicídio

O crime aconteceu na madrugada do dia 4 de fevereiro de 2022, na residência do casal, no Residencial Oliveira. Conforme a denúncia, Tamerson e Natalin conviviam maritalmente há quatro anos e tinham uma filha.

Naquele dia, a vítima chegou em casa de madrugada e o casal teve uma discussão, quando Tamerson estrangulou a esposa com os braços, em um golpe de ‘mata-leão’.

Tamerson esteve preso na Base Aérea de Campo Grande, quando foi detido em flagrante após o corpo de Natalin ser encontrado, mas foi transferido ao presídio após a exclusão da FAB.

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