Publicado em 13/06/2019 às 09:47, Atualizado em 13/06/2019 às 13:51

Fim das investigações sobre morte de mulher queimada que tem como acusada ex merendeira da Escola Catarina de Abreu

O crime ocorreu no dia 27 de fevereiro de 2017. O corpo foi desovado entre Sidrolândia e Maracaju

Redação com, Maracaju Speed
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Foto Robertinho - Maracaju Speed

A Delegacia de Polícia Civil de Maracaju concluiu o Inquérito Policial que investigava a morte de uma mulher, cujo corpo foi encontrado queimado a beira da rodovia MS-162, na manhã do dia 27/02/2017.

O procedimento investigado teve início sem a devida identificação do corpo encontrado, motivo pelo qual requisitou-se a vários órgãos de identificação até após um ano um familiar suspeitou e ao realizar confronto das impressões datiloscópica foi possível identificar a vítima como Lídia Ferreira de Lima que na época possuía 61 anos de idade.

Conforme as investigações, a vítima estaria passando por problemas psicológicos devido a uma doença que enfrentava aliado a dor que sentia com a morte de sua genitora quando conheceu Karina Beatriz Ferreira de Lima (45) em um centro religioso, e aproveitou-se da fragilidade mental da vítima e a levou para sua casa, na cidade de Sidrolândia/MS, ciente de que ela possuía uma aposentadoria e era herdeira de um espólio.

Utilizando-se do provável engodo e encarnar entidades espirituais, passou a ganhar a confiança da vítima dizendo que incorporava familiares seus e com isso a vítima passou a dilapidar seu patrimônio e até fornecer seu cartão e senha para Karina poder sacar seu benefício.

A vítima morou na residência da Karina por mais de dois anos e era mantida reclusa em um quarto que fica nos fundos da residência e acredita-se que em face do poder de persuasão de Karina sobre a vítima era tão intenso que esta vivia um cárcere psicológico, usando de argumentos espirituais e falsas afirmações sobre sua família e seus filhos que amedrontavam de tal forma a vítima que ele não se permitia sair do quarto, pois tinha receio de ser internada em um hospício.

De igual maneira, Karina exercia poder sobre sua comparsa Sherry Silva Maciel (35) e aproveitava das influências políticas que era presidente do PCdoB de Sidrolândia e auxiliou na campanha eleitoral para vereadora de Karina no ano de 2016.

A família da vítima ingressou com ação de interdição e Karina Beatriz previu a possibilidade de ser responsabilizada por vários crimes e iniciou seu plano criminoso para matar a vítima, incutindo falsas informações sobre a vítima para a família e demais pessoas daquela cidade de Sidrolândia, tais como de que a vítima possuía namorado nesta cidade de Maracaju e estaria vindo morar com ele para posteriormente justificar sua morte em Maracaju.

Conforme consta do Inquérito Policial, as indiciadas teriam ministrado alguma substância que fez a vítima dormir e em seguida a enrolaram em plástico filme que obstruiu as vias aéreas e levando à morte da vítima por asfixia.

As indiciadas colocaram o corpo da vítima no banco da frente do carro de Karina e percorrem vários quilômetros pela rodovia até chegar próximo a esta cidade de Maracaju onde desceram o corpo do veículo, jogaram substância inflamável e atearam fogo no corpo para dificultar sua identificação.

Diante das provas da investigação, a Autoridade Policial representou pela prisão das indiciadas Karina e Sherry as quais foram cumpridas entre os meses de abril e maio de 2019 e em seguida interrogadas, sendo que as indiciadas imputam uma a outra a autoria do crime