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Justiça de Sidrolândia decreta prisão de cunhado acusado de matar Marielly

Hugleice da Silva e o enfermeiro Jodimar Ximenes foram pronunciados por indução ao aborto e ocultação de cadáver, sentença que habilita os réus a julgamento popular

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Hugleice em novembro de 2018, depois de ser preso pela PRF em Dourados 

A Justiça em Sidrolândia decretou a prisão preventiva de Hugleice da Silva no processo da morte da cunhada, Marielly Barbosa, morta em 2011, após aborto malsucedido em Sidrolândia. No documento, Hugleice também foi pronunciado, o primeiro passo para ser levado a júri pelo crime.

A sentença de pronúncia foi dada ontem, Dia Internacional da Mulher, pelo juiz Fernando Moreira da Silva, da Vara Criminal de Sidrolândia. O caso começou a tramitar na Justiça em MS em agosto de 2011 e, naquele ano, a denúncia foi acolhida nos termos do MPE (Ministério Público Estadual), acusando Hugleice e o enfermeiro Jodimar Ximenes Gomes nos artigos 126 c/c 127 do Código Penal (provocar aborto em gestante mediante grave ameaça o violência) e 121 (destruição e ocultação de cadáver).

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Hugleice quando deixou a prisão em 2011 (Foto: Arquivo/João Garrigó)

A pronúncia é a ratificação da denúncia e habilita o réu a ser levado a julgamento popular. O magistrado determinou que Jodimar aguarde júri em liberdade, por cumprir as medidas cautelares impostas pela Justiça.

Em relação a Hugleice da Silva, o juiz decretou a prisão preventiva, levando em conta a autoria confessa do crime, ao ter induzido Marielly ao aborto e, principalmente, pela recente tentativa de homicídio contra a mulher, Mayara Barbosa, irmã da vítima, ocorrida em 2018.

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Jodimar vai aguardar julgamento em liberdade (Foto/Arquivo)

Apesar de já estar detido em Mato Grosso por esse crime, o decreto de prisão em Mato Grosso do Sul o mantém na cadeia, em caso de liberdade na outra ação. “Entendo que sua liberdade constituiu risco à ordem pública, de modo que necessário sua prisão”, avalia o magistrado.

Fuga e prisão – Hugleice mudou-se para Rondonópolis com a esposa, irmã de Marielly logo depois da grande repercussão do caso em Mato Grosso do Sul. No dia 18 de novembro de 2018, tentou matar Mayara depois de ver uma foto dela com o vizinho. Enciumado, amarrou e esfaqueou a jovem e, em seguida, fugiu com o carro da família. Ela conseguiu se soltar e pedir ajuda.

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