Publicado em 15/05/2015 às 09:53, Atualizado em 26/10/2016 às 12:01

Justiça nega a professores tentativa de escaparem de reposição de folgas extras

Fetems tenta revogar decreto que manda repor horas de ponto facultativo

Fagner de Olindo, Mídia Max
Professores no plenário da Assembleia Legislativa (Foto: Diogo Gonçalves)

A Justiça negou liminar à Fetems (Federação dos Trabalhadores da Educação de MS), que pretende revogardecreto obrigando profissionais da área a repor horas não trabalhadas em um ponto facultativodecretado pelo governo de Mato Grosso do Sul. A decisão é do juiz David de Oliveira Gomes Filho, da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande.

Na ação declaratória de ilegalidade, a Fetems tenta derrubar o decreto “E” número 05, publicado no dia 16 de abril. Nele, o governo do Estado decreta ponto facultativo no dia 20 de abril, véspera do feriado de Tiradentes, mas determina a compensação de horas não trabalhadas já a partir do dia 22 de abril.

Ao decidir sobre o pedido de liminar, o juiz entende que a medida foi determinada pelo governador, Reinaldo Azambuja (PSDB), “no uso de competência outorgada pela Constituição Estadual e no exercício da função de chefe do Poder Executivo não sendo possível verificar (...) qualquer ilegalidade na sua conduta”.

Em seguida, o magistrado analisa que a decisão do governo não extrapola ou afronta os limites impostos pela lei. “Contudo, estes fatos poderão ser melhor avaliados quando da prolação da sentença”, pondera o juiz: em outras palavras, a medida de urgência para suspender a compensação das horas foi negada, mas, no julgamento do mérito do pedido, o assunto será analisado de forma mais aprofundada.

A decisão do governo, de permitir a folga na véspera do feriado, mas exigir a reposição das horas, foi a primeira neste sentido adotada na administração estadual. Na época, Reinaldo disse que atendia a uma cobrança da sociedade, analisando que os servidores têm direito à folga, ao mesmo tempo que os trabalhos na administração pública não podem parar.

O governador também avisou que a medida seria repetida em próximos pontos facultativos. A seguir a regra, a folga da sexta-feira, 5 de junho, na sequência do feriado de Corpus Christi, terá de ser reposta pelo funcionalismo estadual.

Nesta quinta-feira (14), professores da rede estadual estão na Assembleia Legislativa, onde reclamam de projeto, do Executivo, sobre a eleição de diretores de escola. A categoria também está em negociação salarial com o governo do Estado.