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Paraguai quer Forças Armadas em presídios para barrar PCC

Objetivo é evitar série de rebeliões em cadeias controladas pela facção; presos do PCC se rebelaram ontem em Concepción

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Preso é socorrido após ficar ferido em rebelião no presídio de Concepición (Foto: ABC Color)

O governo paraguaio quer colocar as Forças Armadas para custodiar presos e evitar uma reação em cadeia de rebeliões como a ocorrida ontem (11) no presídio de Concepción. O objetivo é barrar nas penitenciárias do país vizinho o controle da facção brasileira PCC (Primeiro Comando da Capital).

Na penitenciária de Pedro Juan Caballero, cidade vizinha a Ponta Porã (MS), a 323 km de Campo Grande, a segurança foi reforçada ontem, já que importantes membros da facção estão recolhidos na unidade.

Nesta terça-feira (12), o presidente em exercício do Paraguai Hugo Velázquez, confirmou que a intenção, com a utilização das Forças Armadas nas cadeias, é dissuadir qualquer tentativa da facção de promover uma série de rebeliões no país.

Velázquez assumiu o governo durante a viagem do presidente Mario Abdo Benítez ao Brasil. Ele tem agenda hoje com o presidente Jair Bolsonaro para tratar da construção de mais duas pontes ligando os dois países, uma delas em Mato Grosso do Sul.

Para conseguir colocar as Forças Armadas em uma ação de segurança interna, o governo precisa requerer uma declaração de estado de exceção.

Hugo Velázquez defendeu a medida, já que segundo informações da inteligência, o PCC planeja novas rebeliões para forçar o governo paraguaio a suspender as extradições de bandidos brasileiros para o país de origem.

Nesta segunda-feira, Thiago Ximenes, o “Matrix”, foi expulso do Paraguai e entregue à Polícia Federal brasileira em Ciudad Del Este. Importante líder da facção na fronteira, Matrix foi preso a 90 km de Paranhos (MS), na sexta-feira (8).

Rebelião – Na tarde de ontem, um grupo de presos, que se declararam do PCC, se rebelaram no presídio de Concepción, cidade a 200 km de Ponta Porã e onde fica um dos mais importantes portos do país vizinho.

Cinco agentes penitenciários foram feitos reféns. Um detento e um carcereiro ficaram feridos. O motivo foi a transferência de quatro presos para outro presídio. O motim foi controlado pela polícia.

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