Publicado em 26/11/2019 às 14:42, Atualizado em 26/11/2019 às 17:44

Pela segunda vez, Tribunal do Júri usa WhatsApp para ouvir testemunha

Uso de tecnologia dá celeridade aos processos, avalia juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida

Campo Grande News,
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Aplicativo foi utiliza durante julgamento de tentativa de homicídio. A vítima ouvida estava em Ponta Porã (Foto: Clayton News)

Pela segunda vez na história, a 1º Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande utiliza o aplicativo WhatsApp para ouvir testemunha durante o julgamento. Em sessão realizada na manhã desta terça-feira, a vítima de uma tentativa de homicídio que estava no município de Ponta Porã, cidade distante 324 quilômetros da Capital, concedeu depoimento por vídeo chamada.

De acordo com o juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, o uso das novas tecnologias facilita o trabalho do judiciário. Procedimento que poderia levar anos, acabam sendo realizado em questão de minutos. “A população cobra e às vezes não entendem a morosidade. Muitas vezes é por conta destas situações. As pessoas ficam indignadas e falam que a Justiça não está trabalhando. Hoje estas ferramentas ajudam a dar celeridade ao trabalho”, explicou.

O julgamento realizado hoje tinha três réus acusado de tentativa de homicídio. Conforme o juiz, a vítima não foi ouvida em nenhum momento da fase de instrução. Ela não havia sido encontrada. Pela manhã, em nova tentativa de contato, a testemunha foi localizada e pode prestar depoimento aos jurados por vídeo chamada.

Procedimento como este, foi realizado pela primeira vez no ano passado. Na ocasião, também foi ouvida a vítima de uma tentativa de homicídio. Ela estava em Buenos Aires. “Em casos em que a vítima está em outro País, o juiz precisa pedir uma carta rogatória. Às vezes este documento demora anos para sair, o que retarda ainda mais o processo. Por isto, no ano passado, foi feito um piloto e deu certo. Ouvimos um testemunho fundamental para o júri”, explicou Garcete.

Intimação – Em junho deste ano, a Comarca de Brasilândia, município localizado a 355 km da Capital, regulamentou a utilização do WhatsApp para intimação das partes, além da realização de vídeo chamadas em audiências de conciliação. A iniciativa é do juiz substituto Rogério Ursi Ventura.