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Policial é condenado, mas em regime aberto por abusar de gestante

Soldado da PM é o mesmo que em 17 de janeiro foi preso por dirigir embriagado e bater o carro em vários veículos no Rita Vieira

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Divulgação

O policial militar Fernando Resende Espíndola, de 30 anos, foi condenado a pena de dois anos e seis meses em regime aberto por abusar em setembro de 2019 de uma mulher gestante que viajava ao lado dele de Campo Grande para Porto Murtinho, em ônibus intermunicipal. Os abusos aconteceram entre Sidrolândia e Nioaque.

Soldado da PM (Polícia Militar), Resende teve sua sentença proferida pelo juiz da Auditoria Militar, Alexandre Antunes da Silva, publicada nesta quinta-feira (18). A defesa do policial alegou que os atos foram consensuais, mas o juiz negou tal hipótese, já que houve recusa em atender a vítima ao ser acionado por passageiros.

Contudo, a acusação pedia condenação por estupro, o que foi rejeitado pelo juízo por não ter ocorrido conjunção carnal entre ele e a vítima, sendo o crime classificado apenas como atentado violento ao pudor, de menor potencial ofensivo.

"Sem mais delongas, é cristalino que os fatos se deram conforme narrado na inicial, ou seja, que o réu, mediante grave ameaça, constrangeu a vítima, gestante, a praticar ato libidinoso diverso de conjunção carnal", frisa o juiz Alexandre.

Fernando é o mesmo policial que foi preso em 17 de janeiro deste ano por dirigir embriagado e bater em vários carros que estavam estacionados no início da avenida Rita Vieira de Andrade, no bairro Rita Vieira. Mais à frente, ele acabou batendo em outro veículo. Os documentos de seu carro também estavam vencidos.

O abuso - Conforme a denúncia, Resende estava fardado e na poltrona ao lado da gestante. Em dado momento, ele começou a conversar com a mulher, na época com 19 anos, e no decorrer da conversa passou a tentar abusar dela, inclusive forçando-a a estender o braço na tentativa de colocar a mão dela sobre sua genitália.

A gestante se levantou e saiu em busca de ajuda, enquanto o policial desceu do ônibus e foi embora, na parada feita na rodoviária de Nioaque. Já a vítima seguiu até Porto Murtinho, onde registrou boletim de ocorrência.

Dias depois, o policial fez contato com o comandante de Nioaque e tentou explicar a situação, alegando que tudo o que ocorreu ali foi consensual, sendo que teria sido informado por um colega sobre o registro do boletim. Diante da gravidade do fato, um processo administrativo foi aberto na PM. 

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