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Presos na Omertà devem ser ouvidos por videoconferência em presídio federal

Oitiva de testemunhas está marcada para fevereiro

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Divulgação

As oitivas marcadas sobre a Operação Omertà para fevereiro deste ano devem acontecer com presos em outros estados, por videoconferência. A decisão é do juiz de direito, Aluízio Pereira dos Santos. Jamil Name, Jamil Name Filho, e os policiais Marcio Cavalcanti da Silva, conhecido como ‘Corno’ e o policial civil aposentado Vladenilson Daniel Olmedo, o ‘Vlade, estão no presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.

As oitivas estão marcadas para os dias 2 e 3 de fevereiro, onde deve ser feita por videoconferência para os presos em Mossoró, e com escolta até o Fórum para os detidos na Capital, e caso não haja a possibilidade que também seja adotada a videoconferência.

No início do mês, a defesa do empresário Jamil Name protocolou pedido de intimação de testemunhas. Os advogados ainda alegaram na peça que a acusação do assassinato, de Matheus Coutinho, imputada a Jamil Name seria uma ‘vingança pessoal’ do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado).

Segundo os advogados, a defesa do empresário estaria prejudicada já que ele estaria preso na penitenciária federal de Mossoró/RN, não conseguindo avisar seus defensores sobre as citações e prazos. Ainda segundo a defesa, Name desconheceria a acusação pelo assassinato de Matheus Coutinho, no dia 9 de abril de 2019. O estudante foi assassinado em frente a sua casa, com tiros de fuzil.

No dia 28 de dezembro foi protocolado junto ao STF (Supremo Tribunal Federal), novo pedido de habeas corpus a Jamil Name. Na ocasião, o corregedor alegou que aquele estabelecimento “não comporta abrigar preso, que é idoso, com problemas de saúde que reclama tratamentos não oferecidos na unidade prisional federal”. Diante disso, o Juízo da Vara de Execução Penal da Capital recorreu pedindo suspensão liminar da determinação do colega da Justiça Federal de Mossoró.

O Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), com apoio dos Batalhões de Choque e o Bope (Batalhão de Operações Especiais) da Polícia Militar, cumpriram mandados de prisão preventiva, prisão temporária e 21 mandados de busca e apreensão, nas cidades de Campo Grande e Bonito.

A ação levou a prisão de policiais civis, guardas municipais, policial federal e até militar do Exército, suspeitos de integrarem uma organização criminosa voltada à prática dos crimes de milícia armada, porte ilegal de armas de fogo de uso restrito, homicídio, corrupção ativa e passiva, entre outros crimes.

As investigações do Gaeco tiveram início em abril deste ano, com o objetivo de apoiar as investigações dos homicídios de Ilson Martins Figueiredo, Orlando da Silva Fernandes e Matheus Coutinho Xavier, conduzidas pelo Garras.

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