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“Rafael perdeu a vida por ciúme bobo”

Acusado de matar motorista de aplicativo a tiros vai a julgamento.

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Igor Cesar está sendo julgado pela morte de Rafael Baron (Foto: Luciano Muta)

Acusado de matar motorista de aplicativo em maio de 2019, Igor Cesar de Lima, de 23 anos, sentou no banco dos réus nesta terça-feira (17). Ele efetuou disparos que causaram a morte de Rafael Baron, 24 anos, no residencial Reinaldo Buzanelli, no Jardim Campo Nobre.

A viúva de Rafael, Karinne Pereira Baron, foi até o Tribunal do Júri para acompanhar o julgamento. Ela chora ao lembrar do marido que não vai poder acompanhar o crescimento do filho, hoje com três anos. “ Tenho passado momentos muitos difíceis, todas as vezes que meu filho pega no violão que era do pai ele pergunta por Rafael. Com ajuda dos mais pais eu tenho tentado sobreviver. O Rafa era meu alicerce e é muito difícil conviver com essa dor”, lamenta a esposa da vítima.

Karinne espera que o juiz conceda uma pena justa. “ Nada vai trazer o Rafael de volta, mas no mínimo é que o acusado pague pelo o que ele fez. Tirou a vida de um pai de família, jovem, honesto e com um futuro pela frente. Igor tirou a oportunidade do meu filho crescer ao lado do pai e 20 anos de prisão ainda é pouco”, afirma.

A mãe do acusado, que preferiu não se identificar, lamenta ocorrido e concorda que o filho tem de pagar pela morte de Rafael. “ Não é fácil. O Igor não destruiu apenas a família da vítima, mas a nossa também. Ficar dentro de um presídio não é fácil. Meu filho está arrependido”, alega.

A mãe de Igor também acompanha o julgamento. Ela detalha o que ouviu do filho logo nas primeiras visitas após crime. “Meu filho me disse que atirou por ciúmes do dia do crime. Horas antes ele brigou com a mulher que na época estava grávida dele. Mesmo assim pediu um motorista de aplicativo para levar ela até ao médico. Segundo o Igor a todo o momento a esposa ficava provocando ele, fazendo ciúmes com o motorista. Ele perdeu a cabeça e matou Rafael, foi um minuto de bobeira que estragou duas famílias. E preso ele também não tem oportunidade de ver o filho crescer que hoje está com 10 meses”, explica a mãe do acusado.

O julgamento acontece um ano e seis meses após o crime. Por medida de segurança a família do acusado e da vítima não podem entrar no recinto do júri para evitar aglomeração por conta da pandemia do covid-19.

O crime - Rafael foi morto no dia 13 de maio de 2019 durante a corrida de aplicativo. Na época Igor alegou que matou a vítima por ciúmes e pelo fato de Rafael ter conversado com a esposa.

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