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Réu que matou pai e filho por causa de fogo em terreno é julgado nesta sexta

Carlos Mendes Figueiredo, de 42 anos, e o filho dele, Bruno Pierri Figueiredo, de 22 anos, foram assassinados a tiros.

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Ãngela deixando a sala de audiência quando foi ouvido pela primeira vez pelo juiz em agosto do ano passado(Foto: Paulo Francis/Arquivo))

Acusado de matar pai e filho no começou do ano passado, Ângelo Demisque Siqueira, de 62 anos, está sendo julgado desde as 8h desta sexta-feira (16) na 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande. O crime aconteceu no dia 10 de fevereiro, na Rua Luiz Filinto da Silva, no Bairro Riviera Park, região do Portal Caiobá, durante briga por causa de fogo em terreno. Carlos Mendes Figueiredo, de 42 anos, e o filho dele, Bruno Pierri Figueiredo, de 22 anos, foram assassinados a tiros.

Quando foi ouvido pela primeira vez pelo juiz Aluízio Pereira dos Santos em agosto de 2019, o réu contou que a briga não era dele. Lembrou que Bruno se desentendeu com outro vizinho depois de atear fogo em entulhos juntados na limpeza do terreno em que ele e a namorada construíam uma casa. Ângelo alegou que se aproximou da confusão com o irmão, Nestor Demisque Siqueira, para ajudar a apagar as chamas, mas encontrou a vítima “alterada”.

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Terreno onde ocorreu o duplo homicídio (Foto: arquivo / Paulo Francis)

A discussão, segundo relatos do acusado à época, se intensificou no momento em que Carlos, pai de Bruno, chegou ao local de carro. Para o juiz, Ângelo afirmou que só percebeu que Carlos havia descido com algo na mão e por causa do escuro não conseguiu saber o que era. Testemunhas confirmaram que a vítima estava com uma faca.

Foi quando Ângelo sacou o revólver calibre 38 e passou a atirar. Depois de ferir pai e filho, o acusado alegou que pegou o carro e fugiu para escapar do flagrante, no caminho para Sidrolândia, onde permaneceu escondido até sua prisão, jogou a arma do crime às margens da rodovia.

Uma testemunha contou, durante a audiência sobre o caso, que o assassino atirou nas vítimas quando elas já estavam no chão e que precisou segurar a mão dele para que não atirasse na filha mais nova de Carlos, de 10 anos. Ângelo negou as duas situações e afirmou que nem percebeu a presença da criança.

Nestor, o irmão de Ângelo que estava com ele no momento do assassinato, foi indiciado apenas por ter alterado a cena do crime. Segundo testemunhas ele deixou uma faca próxima ao corpo da vítima antes de fugir. Em razão disso teve o julgamento  substituído por medidas cautelares por dois anos. O resultado do júri de hoje será divulgado no período da tarde.

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