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Fiems, Assembleia Legislativa e comitiva do Paraguai articulam liberação de bitrens no país vizinho

As alterações permitirão que indústrias do Estado voltem a movimentar carretas bitrens para o Paraguai

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Por intermédio da Fiems, uma delegação de empresários do Paraguai esteve, nesta sexta-feira (28/06), na Assembleia Legislativa, solicitando apoio para a articulação de mudanças na legislação do país vizinho, de modo a permitir a entrada de carretas bitrens brasileiras por Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã (MS).

Segundo o presidente da Fiems, Sérgio Longen, as alterações permitirão que indústrias do Estado voltem a movimentar carretas bitrens para o Paraguai, o que vai aumentar a competitividade dos produtos locais no país vizinho e também no Mercosul.

“Hoje, é permitida a entrada somente carretas de até três eixos, o que reduz expressivamente o volume de exportações do Estado para o Mercosul. Quando à nossa carreta não entra, levamos menos produtos via Paraguai, o que torna os custos mais elevados para o empresário e impacta também nas exportações do agronegócio”, exemplificou Longen.

A rodovia, que passa pelo município de Ponta Porã e segue até o Porto de Concepción, no Paraguai, a 220 quilômetros de Pedro Juan Caballero, é, atualmente, uma das principais rotas de exportações de grãos e produtos brasileiros para o Paraguai e outros países da América Latina.

“Vivemos em um mercado global, onde a competição alta e nosso grande concorrente hoje é a China. Se quisermos mudar essa realidade, precisamos urgente de mudanças nessa legislação, para nos permitir rodar no país vizinho e usar o Porto de Concepción”, completou o presidente da Fiems.

Em contrapartida, o Paraguai poderia entrar no Brasil, também via Mato Grosso do Sul, com calcário – bastante utilizado pelo segmento sucroenergético e de celulose para correção do solo de plantio de cana de açúcar e eucalipto – e cimento.

O ex-ministro de Indústria e Comércio do Paraguai, Gustavo Leite, que atualmente é porta-voz do CRC Group, holding paraguaia de logística e infraestrutura, afirma que uma indústria de processamento e fabricação de calcário está em fase de implantação no país e, dentro de três anos, deve produzir 2 milhões de toneladas por ano.

“Nosso principal gargalo é como escoar essa produção. Agilizar o desembaraço alfandegário de produtos locais para o Brasil seria muito importante para nós em uma relação bilateral na qual todos sairiam ganhando”, ressaltou Gustavo Leite.

Já o presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Paulo Corrêa, explica que a Casa de Leis e a Fiems irão integrar uma comitiva que, nos dias 8 e 9 de julho, estará no Paraguai, junto com empresários locais, para tentar viabilizar a liberação das barreiras alfandegárias. “Temos que agilizar esta questão. Esta reunião foi uma solicitação do Longen que pode resultar em uma negociação muito positiva para o Brasil e Mato Grosso do Sul”, concluiu.

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