Publicado em 26/03/2021 às 14:03, Atualizado em 26/03/2021 às 18:03

MS já providenciou kit intubação após alerta de estoque quase zerado em hospitais

O Estado afirma que não tem prazo para a medicação chegar e aguarda os trâmites legais

redação com , Dany Nascimento
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Divulgação

Após a Santa Casa de Campo Grande e os hospitais Cassems e El Kadri emitirem um comunicado, informando a falta de medicamentos e sedativos, a SES (Secretaria de Estado de Saúde), afirma que já providenciou a compra do kit intubação que será enviado pelo Ministério da Saúde, para poder distribuir aos municípios.

De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria, foi feito um empréstimo de medicamento de kit intubação com um hospital particular para auxiliar os municípios.

Sobre o prazo para a medicação chegar, o Estado afirma que aguarda os trâmites legais para receber os medicamentos, sem especificar tempo.

“A Secretaria de Estado de Saúde informa que aguarda a chegada de carregamento de kit intubação que será enviado pelo Ministério da Saúde, para poder distribuir aos municípios. A Secretaria de Estado de Saúde também realizou compra própria de medicamentos do kit intubação e aguarda a entrega pelas empresas vencedoras da licitação. A Secretaria de Estado de Saúde conseguiu empréstimo de medicamento de kit intubação com um hospital particular para auxiliar os municípios”, diz a secretaria.

Falta de remédios

Os três hospitais, que também atendem pacientes com a Covid-19, estão com estoques quase zerados.

Os preços estão disparados e os fabricantes não estão dando conta da demanda, em especial dos remédios necessários para a intubação, manutenção da sedação, analgesia e relaxamento neuromuscular, essenciais para a ventilação mecânica de pacientes acometidos pela covid-19.

“Apesar da atualização da realidade dos estoques, enviadas cotidianamente às autoridades, bem como da comunicação recorrente das dificuldades, nenhuma solução palpável se apresenta a curto prazo. Tal fato gera grande preocupação quanto ao futuro dos internados e de pacientes que, porventura, venham a necessitar deste tipo de assistência”, diz a nota.

Com a grande demanda, os fabricantes nem sequer se se comprometem com a entrega dos produtos, causando pânico entre os profissionais de saúde, que já vislumbram um cenário caótico para os próximos dias.

“A maioria dos hospitais já trabalha com estoques muito baixos, e alguns prevêem falta de certas substâncias para daqui a dois dias. Diante desta conjuntura, os gestores destas instituições clamam pelo apoio do Poder Público na solução do problema, e reforçam o pedido à sociedade para que evite o contato social e utilize os protocolos de higienização, a fim de mitigar a disseminação viral”, finaliza a nota.