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Pelo asfalto da BR-163, corre parte da economia de Mato Grosso do Sul

Rodovia é o mais importante corredor de escoamento da produção

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(Foto: Henrique Kawaminami)

A BR-163 é o mais importante corredor de escoamento da produção de Mato Grosso do Sul. Em seus 845,4 quilômetros no Estado, a rodovia liga o extremo norte do país à região sul, por onde escoam os produtos do agronegócio, gado, e grãos como soja e milho, informaram a CCR MS Via – empresa que administra a rodovia - e PRF (Polícia Rodoviária Federal).

No Estado, a rodovia foi construída em meados de 1970 por militares. Ela cruza 21 cidades (Mundo Novo, Eldorado, Itaquiraí, Naviraí, Juti, Caarapó, Dourados, Douradinha, Rio Brilhante, Nova Alvorada do Sul, Sidrolândia, Campo Grande, Jaraguari, Rochedo, Bandeirantes, Camapuã, São Gabriel do Oeste, Rio Verde de Mato Grosso, Coxim, Pedro Gomes, Sonora).

A população em seu entorno é de 1,3 milhão de habitantes. Além disso, a BR-163/MS passa por 36 rios. Ao todo, são 38 pontes, mas não existem passarelas nos perímetros urbanos.

Desde outubro de 2014, a concessionária CCR MS Via administra o trecho no Estado. Por isso, a estrada apresenta boas condições de trafegabilidade, com sinalização horizontal e vertical. Além disso, a melhoria mais evidente foi a duplicação de cerca de 150 quilômetros. Conforme a concessionária, até setembro deste ano, foram registrados 1.021 acidentes.

Cerca de 500 trabalhadores da concessionária operam a partir de 17 Bases Operacionais localizadas, em média, a cada 50 quilômetros da rodovia, em regime de turnos para dar assistência 24 horas por dia. O valor cobrado nos pedágios varia entre R$ 5 e 7.

As equipes do serviço dispõem de 17 ambulâncias-resgate (5 unidades móveis de terapia intensiva), 4 viaturas de intervenção rápida, 9 guinchos pesados, 17 guinchos leves, 18 inspeções de tráfego e 11 caminhões de serviço.

Todo esse aparato é controlado a partir de Campo Grande, onde funciona o Centro de Controle Operacional da CCR MSVi, com equipe de 15 trabalhadores que atua em regime de revezamento. O centro de operações cobre a rodovia por meio de 440 câmeras em circuito fechado de TV.

Produção - O pecuarista Sergio Pereira Rodrigues, 42 anos, tem uma propriedade rural as margens da BR-163, entre Rio Verde e São Gabriel do oeste. Segundo ele, a duplicação ajudou muito os proprietários de fazendas a transportarem o gado, agilizando o processo em até 1h.

“Percebi que também houve uma redução nos acidentes. Antes era perigoso, pela grande quantidade de caminhões que passam por aqui”, diz.

Opinião compartilhada pelo caminhoneiro Mauro Valério de Souza, 70 anos. Conforme ele, embora os pedágios tenham encarecido o serviço de transporte, as condições da pista melhoraram desde 2014.

“Parece outro Estado. Percebo isso, pois sou de Santa Catarina mas, passo por Mato Grosso do Sul de cinco a seis vezes por mês com cargas que vão desde algodão a maquinário pesado. O transporte ficou muito mais rápido”, afirma.

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