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Bebê mantida viva por bomba de ar manual morre nas Filipinas

Menina nasceu após passagem de supertufão.Hospital não tinha energia elétrica e pais se revezavam na função.

(Foto: David Guttenfelder/AP)

Um bebê de apenas três dias que era mantido vivo por uma bomba de ar manual operada por seus pais morreu neste sábado (16) em um hospital de Tacloban, nas Filipinas. Ela nasceu cinco dias após a passagem do supertufão Haiyan pelo país.

Althea Mustacia teve problemas respiratórios no nascimento – ela não conseguiu estabelecer uma respiração regular ao nascer e teve que ser colocada em ventilação mecânica. Entretanto, os hospitais da cidade foram devastados pelo supertufão, e ficaram sem energia.

O problema do bebê poderia ter sido resolvido com o equipamento. Entretanto, sem energia elétrica, seus pais tiveram que bombear oxigênio manualmente para seus pulmões. Eles faziam turnos para o trabalho, já que não podiam parar de bombear.

Entretanto, o frágil bebê não aguentou e acabou morrendo na tarde deste sábado.

Segundo os médicos, a tempestade não prejudicou o nascimento da menina – seu problema ocorreu devido ao acompanhamento pré-natal insuficiente que é natural na região.

Religião Os sobreviventes do tufão Haiyan nas Filipinas, país de maioria católica, compareceram às igrejas devastadas neste domingo (17) em busca de conforto e esperança em meio à tragédia.

Nove dias depois da passagem de um dos tufões mais potentes da história do país, que destruiu cidades e matou milhares de pessoas, os fiéis encontraram na missa um momento de descanso na luta pela sobrevivência, enquanto a ajuda começa a chegar às áreas isoladas.

O presidente Benigno Aquino, criticado pela demora na distribuição da ajuda, lembrou neste domingo que existem problemas logísticos muito graves, durante uma visita a algumas zonas devastadas.

Por favor tenham paciência. As zonas afetadas envolvem uma área muito grande, declarou Aquino. Não percam a esperança, insistiu.

Em Guiuan, a primeira cidade afetada pelo tufão Haiyan, quase 300 pessoas assistiram neste domingo à missa diante da igreja da Imaculada Conceição, um templo de 400 anos muito danificado pelo tufão.

Em uma cerimônia emotiva, o padre Arturo Cablao elogiou na homilia a força de espírito da comunidade, privada de quase tudo. Alguns fiéis choraram durante a missa, em meio ao barro, pedaços de vidro e outros escombros.

Em Tacloban, capital da ilha de Leyte e uma das mais afetadas, centenas de fiéis compareceram a uma igreja de 124 anos que ficou sem teto na catástrofe.

Ao mesmo tempo, as operações de ajuda prosseguem, depois das muitas críticas sobre a lentidão do processo.

O desafio é garantir que as provisões que recebemos chegam ao maior número possível de pessoas. A chegada de ajuda foi bastante lenta a princípio, mas está entrando em um bom ritmo, afirmou à AFP Samir Wanmali, coordenador da missão de emergência do Programa Mundial de Alimentos (PMA) da ONU.

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