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Cardeal que era tesoureiro do Vaticano, apresenta recurso na Justiça contra condenação por pedofilia

George Pell, 78, ex-tesoureiro do Vaticano foi condenado a seis anos de prisão por cinco acusações de abusos sexuais a menores nos anos 1996 e 1997

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O cardeal George Pell Divulgação

O cardeal George Pell, 78, ex-tesoureiro do Vaticano, apresentou nesta terça-feira (17) um recurso de apelação perante o Supremo Tribunal da Austrália, a máxima instância judicial do país, contra sua condenação a seis anos de prisão por pedofilia.

Os advogados do terceiro na hierarquia da Santa Sé entregaram "uma solicitação para apresentar um recurso", confirmaram fontes do Tribunal, que decidirá se deve ou não admitir o recurso, à agência EFE.

Esta é a última oportunidade de Pell para tentar reverter a condenação em uma complexa batalha jurídica que recebeu atenção mundial, já que é a pessoa de mais alto nível na Igreja Católica condenada por pedofilia.

O cardeal foi condenado em março a seis anos de prisão por cinco acusações de abusos sexuais a menores, incluindo uma por penetração oral, cometidos contra dois meninos do coro da catedral de St Patrick's, em Melbourne, nos anos 1996 e 1997.

Em 21 de agosto, a Suprema Corte do estado de Victoria, com sede em Melbourne, negou a apelação de Pell contra a sentença, rejeitando os argumentos do recurso interposto pelos advogados do cardeal que questionaram a veracidade dos depoimentos da vítima e da possibilidade do júri ter emitido um veredicto além de qualquer dúvida razoável.

Pell, preso desde fevereiro, permanecerá na prisão pelo menos até 2022, quando poderá solicitar a liberdade condicional, e permanecerá incluído no registro de pedófilos, a menos que prospere sua apelação diante do Supremo Tribunal.

As acusações de pedofilia contra Pell vieram à tona em 2015, quando uma das vítimas relatou à polícia de Victoria que ela havia sofrido abuso sexual duas vezes pelo religioso, logo depois dele ter sido nomeado arcebispo de Melbourne em 1996.

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