Publicado em 26/03/2014 às 12:51, Atualizado em 26/10/2016 às 09:20

Ex-médico da F1: fãs de Schumacher devem se preparar para o pior

Schumacher segue na luta pela vida após sofrer grave acidente de esqui

, Lancepress
(Foto: Pool / Reuters)

Conhecido como Dr. F1, Gary Hartstein, médico-chefe da categoria entre 2005 e 2012, manifestou em seu blog toda a preocupação com a situação do ex-piloto Michael Schumacher, que sofreu grave acidente quando esquiava nos alpes franceses no fim de dezembro de 2013.

 

Enquanto o mundo aguarda novas informações oficiais sobre a situação do alemão, que está internado no Hospital de Grenoble, na França, ele afirmou que os fãs do heptacampeão devem se preparar para o pior. E que já podem começar a se despedir do ex-piloto.

Sempre soube que Michael era adorado. Passei anos em circuitos repletos pela cor vermelha (da equipe Ferrari) em bonés, bandeiras e camisetas. Ainda estou sensibilizado pela persistência do amor dos fãs dele. Enquanto ficava preocupado com o que vai acontecer, percebi que a falta de atualizações sobre o quadro clínico pode ser um indício para começarmos a nos despedir dele. De alguma forma, acho que os fãs vão ficar bem, pois estão tendo tempo para processar tudo, escreveu.

Hartstein aproveitou para criticar a postura adotada pela assessoria de Schumacher. Segundo ele, a falta de informações e divulgação de boletins médicos estimulam o surgimento de boatos. O último comunicado oficial emitido por Sabine Kehm, assessora do ex-piloto, aconteceu no dia 12 deste mês. De acordo com ela, o alemão apresentou sinais encorajadores durante o processo de despertar do coma. No boletim, a família do heptacampeão disse estar confiante de que ele irá acordar.

O Dr. F1 também escreveu sobre a possibilidade de Schumacher ficar em estado vegetativo. Segundo ele, a expectativa de vida pode variar de meses a alguns anos, pois depende das condições físicas da pessoa e da qualidade dos cuidados médicos. Mas existem outros fatores imponderáveis. Eles geralmente morrem de infecções respiratórias ou urinárias. Sobrevivências mais longas já foram relatadas, mas são exceções, concluiu.