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Homem que dizia ser "rei" é preso no Japão por golpe de ¥46 bilhões em sistema de pirâmide

Empresa de Masato Doko pode ter lesado mais de 13 mil investidores

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Divulgação

Tóquio - A polícia japonesa prendeu dez pessoas, incluindo homem que dizia ser "rei, artista e padre", sob suspeita de fraudar investidores em um golpe bilionário, informou o jornal Asahi nesta sexta-feira (15).

As vítimas recebiam a promessa de retorno mensal de 3 por cento em seus investimentos, mas os termos do negócio não foram cumpridos.

Os suspeitos são acusados ​​de lesar três investidores em 64 milhões de ienes entre julho de 2016 e julho de 2017, disseram policiais das províncias de Aichi e Okayama.

Mas esse valor parece ser apenas a ponta de um iceberg, já que 13 mil investidores em Aichi, Okayama, Tóquio, Osaka, Fukuoka e outras províncias teriam pago cerca de 46 bilhões de ienes à Texsear Japan Holdings Co.

A empresa relacionada a investimentos, sediada em Chiba, era efetivamente administrada por Masato Doko, 41 anos, que foi preso e aparecia nas redes sociais fazendo apresentações e promovendo um CD que ele mesmo gravou.

Outros presos incluem Keizo Adachi, 58 anos, ex-diretor representante da empresa; Teruhisa Miyoshi, 60 anos, encarregado de atrair investidores; e Tokiji Nakamura, 66 anos, executivo que é afiliado a um grupo mafioso chamado Kodokai, facção da maior organização criminosa do Japão, Yamaguchi-gumi.

De acordo com investidores, a Texsear Japan Holdings explicou que metade do dinheiro seria investido por uma empresa de Cingapura administrada por Doko e que o saldo seria utilizado por traders que trabalham no Japão.

No entanto, investigadores que cuidam do caso disseram que não houve investimentos e que parte dos fundos foi usada ​​para pagar rendimentos mensais.

Segundo a polícia, é provável que centenas de milhões de ienes tenham ido para os cofres da máfia através de Nakamura.

A Texsear, criada em setembro de 2013, atraiu pessoas e realizou reuniões em todo o país para explicar como seu plano de investimentos supostamente funcionava.

A empresa também pagou recompensas a investidores que solicitavam a participação de outras pessoas, fazendo com que o número de filiados aumentasse consideravelmente.

A polícia está investigando minuciosamente o caso para saber o destino de todo o dinheiro recolhido dos investidores.

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