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O circo é minha vida, diz brasileira que se recupera de acidente nos EUA

Widny Neves, de 25 anos, falou ao programa Encontro com Fátima.

(Foto: Reprodução RBS TV)

A acrobata brasileira Widny Neves, que se recupera do acidente sofrido durante uma apresentação de circo nos Estados Unidos, pretende continuar se apresentando assim que estiver completamente restabelecida. O circo é a minha vida. Brindar felicidade para o público é o que me deixa mais feliz, afirmou a jovem de 25 anos ao programa Encontro com Fátima Bernardes, na manhã desta quinta-feira (8).

Widny está internada no hospital de Rhode Island junto com outras seis acrobatas que se feriram, sendo duas brasileiras, Stefany Neves e Dayana Florentino. Widny foi uma das oito artistas que caíram no domingo (4) de uma espécie de candelabro gigante em um número circense, onde eram suspensas pelos cabelos. Outras duas brasileiras também ficaram feridas e estão internadas.

Natural de Joinville, no Norte de Santa Catarina, teve ferimentos no pescoço, nas costas e fratura no braço direito. Nesta quarta-feira (7), Widny postou fotos em que aparecia em pé no quarto do hospital. Das oito participantes do número, apenas a norte-americana Samantha Pilard já recebeu alta do hospital.

Espero que continuem indo ao circo e apoiando o nosso trabalho. O nosso maior desejo é continuar dando alegria e felicidade para as crianças, disse Widny.

AcidenteAs brasileiras estão entre as oito artistas que caíram no último domingo (4), durante apresentação do espetáculo Legends no Dunkin’ Donuts Center, em Providence. O aparelho de metal que sustentava as acrobatas, presas apenas pelos cabelos, caiu de uma altura de sete metros.

As investigações sobre o acidente se concentram no gancho metálico conhecido como mosquetão que prendia a estrutura onde estavam as artistas a um cabo de aço. O fecho foi encontrado no palco do Dunkin Donuts Center quebrado em três partes.

A peça é projetada para suportar 4.500 kg, um peso oito vezes maior do que o da apresentação, de 680 kg, segundo Paul Doughty, investigador do Corpo de Bombeiros de Providence. Os técnicos pesquisam se houve defeito de fabricação ou erro humano.

Outras brasileirasStefany Neves, de 19 anos, uma das três acrobatas brasileiras que se feriram em acidente durante uma apresentação de circo nos Estados unidos, não se lembrava da queda que sofreu, a uma altura de sete metros, no último domingo (4). No entanto, a jovem começa a dar sinais de que está se lembrando do acidente, segundo sua irmã, Renata Neves.“Agora ela está começando a lembrar. Mas ela fica a maior parte do tempo dormindo, não consegui falar com ela sobre o acidente”, disse Renata ao G1 por telefone nesta quarta-feira (7). Ela está no Brasil, mas recebe notícias da mãe e do irmão, que estão nos EUA.

Stefany sofreu fraturas nos dois tornozelos, no fêmur e teve o fígado perfurado por uma costela. Depois de passar por duas cirurgias no fígado, a bailarina foi operada no fêmur e no pé esquerdo nesta terça (6). Segundo sua irmã, Renata, foram colocados uma haste de titânio no fêmur e pinos e parafusos no pé esquerdo da jovem. A cirurgia durou aproximadamente três horas, conta.“A Stefany ainda está em observação em uma unidade semi intensiva, mas está se recuperando bem”, diz Renata ao G1. “Ela fala bem devagar, porque tem pontos internos na boca, e os médicos a mantém sedada a maior parte do dia, mas disse que tem confiança de que vai superar, agradeceu nossas orações e disse que somos os anjos dela”, diz a irmã, emocionada sobre a conversa na tarde desta quarta.Segundo Renata, a única previsão que a família tem é a de que Stefany deve ficar um mês no hospital.

A mãe e um irmão da brasileira estão nos Estados Unidos para acompanhar a recuperação da jovem. A mãe da menina, Eliane Neves, disse em entrevista ao Jornal Nacional que acredita que a filha conseguiu amortecer a queda de uma colega, que estava pendurada acima dela, de cabeça para baixo.

Outra brasileira vítima do acidente, Dayana Florentino, de 22 anos, foi submetida a uma cirurgia na mão e no cotovelo nesta terça. Segundo seu primo, Gustavo Torres, a cirurgia “foi um sucesso” e ela se recupera aos poucos. Na última segunda, Dayana tirou o tubo de respiração e já conseguia mexer algumas partes do corpo, diz.

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