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OMS escolhe dez tratamentos experimentais para tratar o ebola

Organização Mundial da Saúde pediu a empresas que agilizem pesquisas.Ebola já matou mais de 1.900 na África; número de contaminados pode subir.

Funcionário de departamento de saúde da Libéria limpa com desifetante um homem que teria morrido por ebola em Monrovia. A imagem é de 4 de setembro (Foto: Abbas Dulleh/AP)

A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu durante encontro com especialistas em Genebra, que termina nesta sexta-feira (5), que as empresas farmacêuticas e as agências reguladoras trabalhem juntas para acelerar o desenvolvimento de drogas e vacinas seguras e eficazes contra o Ebola.

Dez tratamentos experimentais --oito drogas e “duas candidatas promissoras a vacinas

mostraram potencial contra o vírus, mas continuam sob investigação, informou a OMS em um documento divulgado na cúpula, que teve início nesta quinta.

Entre eles está a droga anticorpos ZMapp, fabricada pela norte-americana Mapp Biopharmaceutical Inc., que foi ministrada a vários pacientes do Ebola por razões humanitárias, mas cuja eficácia clínica “ainda é incerta”, disse a entidade. “Os esforços para aumentar a produção (do ZMapp) podem gerar suprimentos potenciais de algumas poucas centenas de doses até o final de 2014”.

As provas da eficácia dos medicamentos e vacinas “são sugestivas, mas não se baseiam em dados científicos consistentes vindos de testes clínicos”, declarou a OMS. Os estoques atuais de todos os medicamentos experimentais são extremamente limitados ou já acabaram.

Mais afetados nos próximos mesesA doença virulenta, que já matou pelo menos 1.900 pessoas no oeste da África desde março, pode afetar 20 mil pessoas até ser contida, nos próximos seis a nove meses, segundo a OMS.

“Acelerar o desenvolvimento de terapias e vacinas experimentais ou não aprovadas contra a doença do vírus do Ebola exige um esforço conjunto dos desenvolvedores de produtos e das agências reguladoras, em cooperação com a OMS”, afirma o documento da entidade.

As decisões sobre que produtos devem ter seu desenvolvimento acelerado devem ser transparentes e envolver os países do oeste africano afetados pela epidemia, informou a OMS.

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