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Troca de tiros e explosões em mercearia de Paris

Atacante pode ser o que matou uma mulher polícia na quinta-feira. Homem armado fez seis reféns. Informações contraditórias sobre a existência de dois mortos.

(Foto: Youssef Boudlal | Agência Reuters)

A atenção da polícia francesa divide-se entre dois locais e duas crises de reféns e em ambos os locais se ouvem trocas de tiros e explosões. Depois de ter cercado, no Norte de Paris, os dois suspeitos do ataque ao Charlie Hebdo, concentra-se agora na zona oriental da capital. Houve uma troca de tiros numa mercearia kosher junto da Porte de Vincennes, onde um homem terá feito seis reféns e há informações contraditórias sobre se do tiroteio resultaram ou não dois mortos.

Segundo avançaram fontes policiais à agência AFP, ao diário Le Mondee à BBC, morreram duas pessoas na troca de tiros. Porém, a polícia veio desmentir esta informação e a Reuters diz haver um ferido grave e seis reféns no interior do estabelecimento.

Na grande merceria kosher (que cumpre as regras do judaísmo) em Porte de Vincennes, a entrada oriental da capital, há neste momento nova troca de tiros e explosões. Havia notícia de seis pessoas reféns de um homem armado. 

Trata-se, provavelmente, do suspeito de ter morto uma agente da polícia na manhã de quinta-feira, dizem fontes do Ministério do Interior citadas pelo diário Le Monde. 

Imagens do local mostram carros de bombeiros, ambulâncias, e uma grande força policial no local. Alunos nas escolas perto estavam fechados nos estabelecimentos e várias ruas e acessos rodoviários foram fechados ao trânsito.

O suspeito de ter morto a polícia foi entretanto nomeado: Amedy Coulibaly, 32 anos. É procurado junto com outra suspeita, Hayat Boumeddiene, de 26 anos, que será sua companheira - as autoridades lançaram um alerta a quem tiver informação sobre os dois, acrescentando que estariam armados e eram perigosos. Antes, tinham sido detidas duas pessoas do círculo próximo deCoulibaly. Pela primeira vez, os investigadores ligam os dois ataques, ainda segundo a agência francesa. Os suspeitos dos ataques ao Charlie Hebdo e da morte da polícia estariam no mesmo círculo radical em França, dizem fontes ligadas à investigação.  

Começam a surgir sobre Coulibaly: uma fonte diz que passou da pequena para a grande criminalidade e para o islamismo. Surgiu ainda um artigo de jornal em que alguém que parece ser o suspeito, e tem o mesmo nome, se teria encontrado com o então Presidente, Nicolas Sarkozy, em Grigny, subíurbio sul de Paris, em 2009, numa iniciativa sobre formação profissional.

A cidade de Paris estava em alerta e à beira de um ataque de nervos. Somavam-se avisos verdadeiros e falsos, da evacuação, verdadeira, da grande sinagoga da cidade, a vários rumores falsos. No site do diário Le Monde, em que o jornal vai respondendo aos seus leitores, grande parte das respostas servia para desmentir informações erradas e responder a inquietações dos leitores.

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