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Juliano Cazarré, o Magno de ‘Amor de mãe’, já abriu mão de trabalhos pela família: ‘Pouco via meus filhos’

Magno tem muito a ver comigo, mas eu dei muito mais sorte do que ele.

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Divulgação

Se tem alguém que se reconhece na importância que a família tem para Magno, em “Amor de mãe”, é seu intérprete, Juliano Cazarré. Ambos zelosos com os seus, eles quase que se confundem, só as trajetórias de vida é que são diferentes.

— Magno tem muito a ver comigo, mas eu dei muito mais sorte do que ele. Não tive um pai sem função, consegui ter boa educação, me preparei, fiz faculdade... Graças a Deus, o destino tem sorrido para mim. Consigo trabalhar com o que estudei. Já Magno, apesar de ter valores sólidos, gostar da família e defender os seus, é um cara que dá muito azar na vida — analisa o artista, de 39 anos.

Logo na estreia, ontem, isso ficou claro quando, sem querer, ele matou um homem que estuprava uma mulher. E, ainda essa semana, Magno descobre que o cara é o irmão sumido de Betina (Isis Valverde), enfermeira por quem ele se apaixona e que cuida da sua filha Brenda (Clara Galinari), e de sua mulher, Leila (Arieta Corrêa), em coma há oito anos.

— O pão do Magno sempre cai com a manteiga virada pra baixo — resume Cazarré: — Mas ele encara tudo com força e alegria. Não abaixa a cabeça, não se acovarda.

Com a mesma coragem com que enfrenta os revezes da vida — na infância, ele viu o pai vender o irmão mais novo, e a mãe Lurdes (Regina Casé) partir bruscamente com seus irmãos para o Rio atrás do menino — Magno abre os braços para o novo amor.

— Ele cuida da mulher há anos, mas a relação já vinha ruidosa antes do acidente que a deixou em coma. Por conta disso, inclusive, Magno não conseguiu a separação. Ninguém sabe se Leila vai acordar. Então, chega o momento em que ele vê em Betina a oportunidade de viver um grande amor. Magno vai continuar a cuidar da mulher, mas após tanto tempo, se libera para amar de novo — analisa o ator.

Essa decisão do personagem é um ponto que o distancia de seu intérprete. Apesar de afirmar ter “muita dificuldade em me imaginar vivendo alguns conflitos de Magno”, Cazarré garante que não abriria mão da mulher, a estilista Letícia Bastos, com quem vive há oito anos:

— Se fosse minha mulher hoje em dia, eu jamais me envolveria com outra pessoa, continuaria com ela. Mas entendo a situação de Magno.

Um pai presente

A família é tão importante para Cazarré que ele já abriu mão de trabalhos por conta dela. “Uma vez, Fernando Meirelles me chamou para fazer uma série, e eu disse: ‘Minha família precisa de mim. Acabei de fazer uma novela inteira em que eu ficava entre Brasília e Rio e pouco via meus filhos. Depois, fiquei dois meses e meio em um filme no interior do Sertão. Se eu não sair agora, minha família vai acabar’. Ele, então, disse: ‘Nunca imaginei receber essa resposta, mas entendo. Hoje em dia, vejo que podia ter escolhido isso, mas fiquei com o trabalho’”.

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Cazarré com os filhos Vicente e Inácio com Gaspar no colo: pai superpresente Foto: reprodução/Instagram

Pai de Vicente, de 9 anos, Inácio, de 7, e Gaspar, de sete meses, o ator não esconde o quão presente é na vida dos filhos. E brinca ser mais tranquilo que a mulher. “Ela é uma mãe dedicada, forte, séria com os meninos. Me ajuda a educar, a dar valores, disciplina. Mas eu sou o cara que dá a última chance. Já ela, se decretou que não tem videogame por hoje, só amanhã mesmo”.

Apesar da vida compartilhada, o ator viu seu nome em uma polêmica, no início do mês, por conta de declarações, em seu Instagram, consideradas machistas. Sobre o episódio, Cazarré é enfático: “Eu só disse para que ‘homens cuidem e protejam suas famílias’. Isso não é machista. Machismo é abandonar e bater na mulher, deixar o filho. Sou o cara que assume, que está em casa com a mulher. As mães sozinhas são guerreiras, heroínas. A vida delas fica mais difícil porque algum homem foi um banana”.

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