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Acusado de matar Silvana com barra de ferro se contradiz durante julgamento, diz mãe da vítima

Silvana Domingos dos Santos foi assassinada em agosto de 2021 com golpes de barra de ferro

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(Alicce Rodrigues, Midiamax)

Raphael da Silva Fonseca Dolores, réu pelo assassinato de Silvana Domingos dos Santos em agosto de 2021 com golpes de barra de ferro, se contradisse a todo momento durante o julgamento do caso na manhã desta quinta-feira (22) no Tribunal do Júri do Fórum de Campo Grande.

Abalada após ver as fotos da filha e o rosto do réu durante o júri, Rosana Domingos, de 53 anos, conversou com a reportagem do Jornal Midiamax. “Tudo que ele falou no início [das investigações], ele mentiu agora… Falou que era R$ 50, agora disse que era R$ 150, disse que ela [Silvana] não tinha pegado uma faca, agora afirmou que puxou uma faca para ele. Ele tinha falado que deu dois golpes, agora disse que foram 5 golpes na cabeça dela. Ele se contradisse em tudo”, afirma.

A pedido da defesa, Raphael não pode ter sua imagem divulgada pela imprensa, o que deixou a mãe de Silvana revoltada. Com o julgamento que ocorre desde o início da manhã, Rosana espera pena máxima para o réu.

“Espero que justiça seja feita, eu quero pena máxima para ele. Não estou aguentando olhar para a cara dele. Estou vivendo tudo de novo, parece que hoje é o dia do enterro da minha filha novamente. Parece que minha ferida abriu. Agora espero que ele saia daqui já cumprindo a pena, esperei 2 anos para sair a sentença dele”.

Alana Domingos, prima da vítima, acompanhava Rosana no julgamento. Para ela, Silvana era uma irmã. “Ela era tudo, como se fosse uma irmã para mim. Eu ia à casa dela, a gente conversava, dava muitas risadas”, diz a prima, que também espera pena máxima para Raphael.

Silvana foi assassinada numa terça-feira, 17 de agosto de 2021. Na época, tinha 31 anos. No próximo dia 5 de maio, ela faria 33 anos. Indagada sobre o aniversário da filha, comemorado próximo ao Dia Das Mães, Silvana fez questão de relembrar o dia que lhe foi oferecida uma flor.

“No ano que ela faleceu, ela foi comigo na floricultura e insistiu que eu ficasse com uma flor, pois disse: ‘escolhe mãe’ e eu disse que não queria. Agora, me arrependo tanto de não ter escolhido essa flor”, relembra emocionada.

Desde o dia da morte, Rosana parou de trabalhar para cuidar das netas, de 7 e 11 anos. Ao longo desses mais de 2 anos, a neta mais velha chora em silêncio, enquanto a caçula chora diariamente ao lembrar da mãe. Já o neto, de 14 anos, fica aos cuidados da avó paterna.

Sem forças para enfrentar esta quinta-feira (22) no Tribunal do Júri, ela lembra que foi a neta de 11 anos que lhe deu forças. “Eu falei para ela que não estava querendo ir, pois tinha medo da minha reação ao ver o depoimento, as fotos… Então ela disse ‘vó, seja firme, vai lá, eu não posso ir, mas a senhora pode, a mãe tem que saber que nós estamos aqui defendendo ela, a senhora é forte’ e me deu um abraço em seguida”. 

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