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Casal preso por matar personal trainer a facadas vai passar por exame de insanidade mental, diz advogado

Andressa Serantoni, de 28 anos, foi morta com mais de 30 facadas em São José do Rio Preto (SP). Suspeitos foram denunciados por homicídio triplamente qualificado e homicídio tentado duplamente qualificado. Data do exame ainda não foi definida.

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Foto: Reprodução/Instagram

O casal acusado de matar com mais de 30 facadas a personal trainer Andressa Serantoni, de 28 anos, será submetido a exame de insanidade mental.

O crime foi registrado no dia 12 de agosto, em São José do Rio Preto (SP). Joel Fernandes Santos e Sidileide Normanha da Paixão Santos foram presos em flagrante e denunciados pelo Ministério Público.

O G1 apurou que o pedido de exame de insanidade mental foi feito pelo advogado do casal, Gustavo Cipullo Nesteruk Moreira, durante audiência de instrução realizada em 18 de janeiro.

“Os acusados não se mostraram completamente normais. Parece que eles têm alguma doença mental. Portanto, pedi para fazer o exame de insanidade. O juiz deferiu. Ou seja, os dois serão ouvidos por um perito, mas ainda não há data para isso ocorrer”, afirma o advogado.

Ao deferir o pedido, o juiz Luis Guilherme Pião entendeu que, apesar dos argumentos apresentados pelo representante do Ministério Público, é prudente a realização do exame para aferição da plena capacidade dos acusados, especialmente para que não haja alegação do cerceamento de defesa.

Para José Márcio Rossetto Leite, promotor de Justiça responsável pelo caso, Joel e Sidileide foram bem articulados durante a audiência de instrução.

“Entendo que a pessoa que tem um raciocínio concatenado não possui nenhum tipo de insanidade mental. Além deles terem a doença, ela precisa impedir o entendimento de ambos. Os dois têm um raciocínio meio persecutório. Eu penso que, na verdade, isso é um traço da personalidade que eles desenvolveram”, conta o promotor.

Homicídio

Segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público, Joel e Sidileide eram conhecidos por causarem problemas na vizinhança onde residiam. Sidileide tinha o hábito de, com o celular em mãos, filmar vizinhos sem autorização, gerando desentendimentos.

No dia do crime, Andressa foi à casa da mãe para alimentar o cachorro, e Sidileide passou a filmá-la sem sua permissão.

Andressa, então, questionou a mulher sobre o motivo da filmagem, momento em que Sidileide respondeu “você é de alguma quadrilha pra eu não poder te filmar?”.

Ainda de acordo com a denúncia, Sidileide agarrou a vítima pelos braços e disse ao seu marido “vai lá, pega lá pra gente resolver”. Joel foi até o carro, pegou duas facas, retornou e entregou uma para a mulher.

Em seguida ambos passaram a esfaquear a vítima ao mesmo tempo. Andressa foi atingida no pescoço, tórax, coxas, braços e mãos. Ela não resistiu aos ferimentos e morreu no local do homicídio.

Um vizinho viu o casal cometendo o crime e tentou evitá-lo. No entanto, Sidileide tentou atacá-lo com a faca, e o homem conseguiu escapar.

Logo depois, o vizinho tentou tirar Joel de cima de Andressa, mas o acusado também começou a tentar golpeá-lo, não permitindo que a vítima fosse socorrida.

Em 10 de novembro, o casal foi denunciado por homicídio triplamente qualificado por motivo fútil, crueldade e recurso que dificultou a defesa da vítima.

Ambos também foram denunciados por homicídio tentado duplamente qualificado por motivo torpe e crime praticado para garantir a execução de outro crime.

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