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Chefe do contrabando, “Pingo” ficou oito horas escondido em chaminé

Policiais já pensavam em desistir quando ouviram barulho na chaminé da churrasqueira

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Divulgação

Um dos quatro chefes da máfia do cigarro na fronteira, o ex-policial militar de Mato Grosso do Sul Fábio Costa, o “Pingo”, se escondeu na chaminé da churrasqueira para tentar escapar de policiais paraguaios que cercaram a mansão dele neste domingo (11) em um condomínio rural nos arredores de Salto del Guairá, cidade vizinha de Mundo Novo (MS).

Agentes do Departamento contra o Crime Organizado e do Grupo Tático da Polícia Nacional, acompanhados por dois promotores de Justiça, chegaram de carro e de helicóptero ao local para cumprir os mandados de busca e de prisão.

Devido à forte corrupção policial na fronteira, onde representantes da lei figuram na lista de pagamento dos criminosos, os agentes que prenderam o chefe da máfia do cigarro vieram de Asunción, a capital do Paraguai.

Apesar de o serviço de inteligência confirmar que “Pingo” estava na casa, os policiais não o encontraram. Até um juiz foi chamado ao local para autorizar buscas em residências vizinhas, mas o “patrão” dos contrabandistas não foi encontrado em nenhum desses lugares.

Fontes policiais ouvidas pelo jornal ABC Color revelaram que as equipes já pensavam em desistir quando ouviram barulho vindo da chaminé da churrasqueira. Era lá que estava um dos 26 bandidos da lista dos mais procurados do Brasil. 

Sem camisa, descalço e de bermuda, “Pingo” passou pelo menos oito horas dentro da chaminé. Os policiais chegaram à mansão dele por volta de 11h e só conseguiram cumprir a prisão às 19h, no momento em que Fábio Costa saiu da chaminé e foi algemado.

A mansão onde Fábio Costa foi preso fica em um condomínio localizado a dois quilômetros do Centro de Salto Del Guairá, cidade vizinha de Mundo Novo (MS). Existem pelo menos 20 casas nesse condomínio, todas de alto padrão e distantes umas das outras.

“Pingo” tinha mandado de prisão internacional por contrabando, crime contra a vida, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Segundo a polícia paraguaia, além de ser um dos quatro principais chefes da máfia do cigarro, o ex-PM também fornecia drogas e armas a quadrilhas brasileiras. 

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