Publicado em 07/12/2018 às 08:18, Atualizado em 07/12/2018 às 11:21

Colegas teriam usado mochilas para espancar menina de 10 anos que morreu em hospital

Pai conta que menina ficou deitada na chuva esperando socorro, pois não conseguia levantar

Midiamax,
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Divulgação

Meninas de 14 e 10 anos que teriam espancado a estudante Gabriely Ximenes, de 10 anos, que morreu na manhã desta quinta-feira (6) na Santa Casa de Campo Grande, utilizaram mochilas para agredir a colega na saída da escola, segundo o pai da vítima.

Muito abalado, o motorista ,de 40 anos, disse ao Jornal Midiamax que vizinhos acionaram o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) para socorrer sua filha e que após as agressões, a criança ficou deitada no chão, na chuva, por não conseguir se levantar.

Ele contou que a filha e as meninas estudavam no período vespertino. Na hora do intervalo de aulas no último dia 29, o trio teria se desentendido com Gabriela e ameaçado dizendo que a ‘pegariam’ na saída. O pai afirma que uma delas chegou a afirmar que bateria na criança até deixá-la ‘em uma cadeira de rodas’.

Na saída escolar, as três abordaram e agrediram a menina, já fora do espaço da escola. Depois de apanhar, Gabriely reclamou de dormência nas pernas e chegou a ficar caída no chão até a chegada do resgate que a encaminhou para uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento).

Após ser atendida na unidade de saúde, Gabriely ficou em observação e recebeu alta no dia seguinte. No entanto, dias depois, a garota passou a reclamar de dores na virilha. Ela foi levada novamente até uma UPA e lá, descobriram que ela tinha um coágulo. Gabriely chegou a passar por cirurgia, mas não resistiu e morreu na manhã desta quinta-feira (06).

A Polícia Civil vai investigar possível omissão da escola e da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) no caso. “Mesmo que a agressão tenha acontecido fora, precisamos saber se o desentendimento não começou ainda dentro da escola. Também é preciso entender o que apontaram os exames que ela fez porque é estranho ela ter recebido alta”, afirma o delegado João Roberto.

Em nota, a Secretaria Estadual de Educação informou que está ‘ciente do fato e que acompanha o caso’.