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Com falta de efetivo em presídios, detento vai para hospital sem escolta e morre

Nenhum agente apareceu para explicar o que aconteceu e o caso está sob investigação

Detento do Presídio de Trânsito (Ptran) de Campo Grande passou mal na madrugada desta terça-feira (24) e foi levado para unidade hospitalar sem escolta policial. O problema relatado em ocorrência policial é que não havia agentes penitenciários suficientes para acompanhá-lo em atendimento. Somente dois faziam a guarda de centenas de presidiários.

Conforme a polícia, o preso Rudnei Guedes do Carmo, 38 anos, se sentiu mal por volta da 1h30min e foi levado ao posto de saúde do Tiradentes, por equipe do Corpo de Bombeiros, mas sem a devida segurança de escolta que é necessária quando um detento precisa sair da unidade prisional.

O quadro de saúde de Rudnei se agravou e ele acabou morrendo algumas horas após receber os primeiros atendimentos. Como houve a morte, agentes penitenciários que eram responsáveis pela custódia do preso deveriam ter ido à delegacia para registrar Boletim de Ocorrência sobre o fato, mas, ninguém apareceu.

Um investigador telefonou no Ptran, solicitando o comparecimento de algum servidor e foi informado que havia somente dois agentes no plantão fazendo a segurança de uma massa carcerária. “Era obrigação de um agente relatar o que aconteceu, mas tivemos que fazer o registro com base em informações do hospital. Não podíamos deixar o corpo da vítima dentro do carro da funerária até o dia amanhecer. Até que alguém viesse na delegacia”, criticou.

Como ninguém apareceu para contar como Rudnei se sentiu mal, não se sabe as causas do óbito e o caso foi registrado como morte a esclarecer.

Morte Agente

No dia 11 deste mês, o agente penitenciário Carlos Augusto Queiróz de Mendonça, de 44 anos, foi executado a tiros dentro da Casa de Albergados, na Vila Sobrinha. O assassino indicado pela polícia foi Robson Silva dos Santos de Souza, 22 anos, que cumpria pena na unidade. Recém havia saído, mas, retornou, invadiu o local e matou o servidor com quatro tiros. Outros cinco homens foram apontados com envolvimento no caso, pela polícia.

Desde esse episódio, o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários,  André Luiz Santiago, vem cobrando do Governo do Estado mais investimento no setor.

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