Buscar

Crueldade com que menino Kauan foi morto chocou até mesmo a polícia

Detalhes bárbaros do crime foram revelados durante as investigações

Cb image default
Foto: Valdenir Rezende / Correio do Estado

"Tudo era grave a ponto de levar a polícia a não acreditar no cenário que estava se formando com base nas investigações". A declaração foi dada hoje pela delegada Aline Sinnott sobre o caso do menino Kauan Andrade Soares dos Santos, de 9 anos, que foi estuprado, asfixiado e teve corpo esquartejado em Campo Grande.

Em coletiva de imprensa, Aline comentou que, apesar de estarem habituados com cenas de violência, os atos bárbaros cometidos contra Kauan chocaram os policiais responsáveis pelo caso. “Até a polícia ficou espantada com a atrocidade que fizeram com o guri”, lamentou.

Kauan morreu depois de ter sido estuprado e asfixiado por professor. Depois de morto, ele ainda foi violentado por quatro adolescentes que receberam ameaças para cometerem o crime.

As investigações apontaram ainda que o menino foi esquartejado em dois momentos distintos.

O professor teria deixado o corpo em pedaços dentro de saco plástico próximo ao Córrego Anhanduí. Ele retornou ao local, pegou os restos mortais do garoto, levou para casa e cortou em partes ainda menores.

Até o momento, os restos mortais de Kauan não foram encontrados. O professor nega o crime. “Fizemos várias buscas. Utilizamos cães farejadores, mas não localizamos o corpo”, lamentou a delegada.

INVESTIGAÇÕES

Alguns dos detalhes do crime foram descobertos pela polícia por meio do depoimento dos quatro adolescentes. Todos eles já tinham sido abusados pelo professor em ocasião anterior e só falaram depois de terem a certeza de que o homem estava preso.

ALERTA

O delegado Paulo Sérgio Lauretto, da Delegacia Especializada de Proteção à Infância e ao Adolescente (Depca) contou que, durante as investigações vários vizinhos do professor comentaram sobre o “comportamento estranho” do homem, mas ninguém entrou em contato com a polícia para informar sobre isto.

"É um crime que poderia ter sido evitado. Viam os garotos cuidando de carros até de madrugada, mas

ninguém nunca havia tomado providência", declarou o delegado.

Em relação ao perfil do professor, Lauretto informou se tratar de uma pessoa "fria, meticulosa e inteligente". Ele nega o crime desde o início e, segundo o delegado, até o momento não entrou em contradição.

Segundo Lauretto, ele não atuava mais como professor e tinha uma barraca na feira onde vendia capas para celulares. É por meio dessa atividade que ele conhecia as vítimas. Ao menos 10 garotos foram abusados por ele.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.