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Delegado já sabe motivo de duplo homicídio ocorrido em maio na fronteira

(Foto: Divulgação)

Delegado Patrick Linares, que investiga o duplo homicídio ocorrido no dia 11 de maio em Ponta Porã, afirma que já sabe o motivo da execução do casal, porém, não pode passar detalhes para não atrapalhar a identificação dos suspeitos, já que o processo final do inquérito é justamente a busca por provas.

Na ocasião, Rafael Alves Borges, de 29 anos, e Kelly Silgueiro Peralta, de 30 anos, foram encontrados mortos na manhã do dia 11, dentro de veículo Hyundai, com placas de Campo Grande. Com eles ainda estavam aproximadamente R$ 13 mil. Os autores estavam em uma moto e fugiram logo após os disparos, segundo populares que não quiseram se identificar.

“Estamos evoluindo. Estou no caminho para chegar nos culpados, não posso afirmar o papel de cada envolvido, mas estamos esclarecendo. Qualquer linha que eu divulgar pode nos comprometer”, justifica Linares.

A mãe de Kelly foi chamada na delegacia para prestar depoimento, mas, conforme o delegado, nada contribuiu para o desfecho do ocorrido. Já o pai da vítima justificou a ausência diante da apresentação de atestado médico de saúde.

Os pais e amigos de Rafael não foram ouvidos e não há expectativa para que isso aconteça. “Quem poderia esclarecer algo seriam os pais de Kelly”, pondera o delegado.

Kelly era formada em nutrição. Informalmente o delegado soube que a mulher administrava um hangar, no Paraguai, e que o pai dela seria mecânico de aviões. É possível que o dinheiro seja proveniente do negócio.

MEDO

No dia do crime, Kelly e o marido estavam a caminho da casa dos pais dela. A nutricionista era irmã de Cristian Peralta, assassinado há algum tempo em Cuiabá (MT). Lineares já solicitou à Polícia Civil do estado vizinho cópia de inquérito para saber o motivo da morte do irmão da vítima.

Cristian teria morrido durante suposto roubo, o que descartaria relação com a morte da irmã dele. No entanto, apesar de Cristian não ter tido passagens pela polícia, rumores indicam que ele tinha envolvimento com traficantes e teria fugido de Ponta Porã para Cuiabá.

Pouco antes da data da execução, Rafael teria comentado com um amigo que temia pela morte dele e da esposa. Até o momento ninguém foi preso.

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