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Desmontado esquema de furto de gado que era legalizado por funcionário público

Quatro homens foram apontados e presos como integrantes da associação criminosa

(Foto: Divulgação)

Esquema de furto de gado que envolvia funcionário da Agência Fazendária (Agenfa) de Mato Grosso do Sul foi desarticulado por equipe do Grupo Armado de Resgate e Repressão a Assaltos e Sequestros (Garras), ontem (20), por meio da nova unidade de investigação para crimes de abigeato (furto de gado e semoventes), instalada dentro do Parque de Exposições, inaugurada na semana passada.

Foram apontados como integrantes da quadrilha José Leonardo Correia Manus, 25 anos, Gedison Nunes Teixeira, 30, André Luiz Leite, 37, e Antônio Jocival de Almeida, 43. Este último, funcionário da Agência Fazendária.

De acordo com informações do delegado Fábio Peró, o grupo vinha sendo investigado desde maio, sob a suspeita de envolvimento no furto de 20 animais de uma fazenda, localizada na saída para Sidrolândia, em Campo Grande. Ainda conforme o delegado, o furto ocorreu em fevereiro, mas foi denunciado à polícia apenas três meses depois.

Ontem, os envolvidos foram identificados e presos em flagrante. No entanto, já foram liberados, mediante pagamentos de fiança. José e Antônio pagaram cinco salários mínimos, o equivalente a R$ 3.940; André e Gedison R$ 2.364. 

As circunstâncias das prisões não foram divulgadas.

PLANO

Segundo o delegado, Gedison trabalhava como peão na propriedade rural e agia em conjunto com o amigo André Luiz. Juntos, articularam a venda dos animais furtados.

José Leonardo é apontado como receptador e teria comprado o rebanho sem nota fiscal e preço abaixo no mercado. “A cabeça de gado, na época, valia R$ 1,5 mil e ele comprou por R$ 350”, disse Peró.

Ainda durante as investigações, foi identificado um segundo produtor rural que comprou o rebanho furtado com José, mas, segundo a polícia, ele não foi qualificado como receptador porque a venda dos animas foi feita legalmente, por meio de nota fiscal.

SETOR DO GOVERNO

O documento apresentado ao comprador para regularizar a negociação e afastar a possibilidade do gado ter origem ilícita, foi emitido pelo funcionário da Agenfa, que cobrava R$ 35 por cada animal, segundo a autoridade policial.

Os quatro foram indiciados por associação criminosa. Antônio, ainda, por corrupção ativa e passiva. 

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