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Diretor de sindicato preso por pornografia infantil é servidor público estadual

Atua como sindicalista há aproximadamente 10 anos e ganha R$ 3,2 mil

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Divulgação

O sindicalista preso na manhã de quarta-feira (30) pela Polícia Federal durante a Operação Patruus II é agente patrimonial no Governo do Estado de Mato Grosso do Sul. Moisés Sanches Marques ganha R$ 3.200 por mês dos cofres públicos, mas atua no Sindasp-MS (Sindicato dos Agentes de Segurança Patrimonial Públicos de Mato Grosso do Sul), onde é diretor há cerca de 10 anos. O servidor foi preso em flagrante na sede da entidade.

Diretor de comunicação e relações públicas, ele é apontado pela Polícia Federal como suspeito de usar o computador do sindicato para acessar site pago com imagens de pornografia infantil, além de armazenar fotos na máquina, que era de uso exclusivo dele.

Segundo o presidente do Sindasp, Wilson Canhete da Rosa, todos foram pegos de surpresa pela a ação da Polícia Federal. Ele explicou que muitas vezes, por conta da escala de revezamento dos sindicalistas, o diretor de comunicação ficava sozinho no local e deve ter aproveitado desses momentos para usar o computador do sindicato para cometer o crime.

“As pessoas ficam lá para resolver problemas do sindicato, nunca tivemos problema com isso”, lamentou. Ainda conforme o presidente, o suspeito já foi afastado da direção do sindicato, onde trabalha por cerca de 10 anos e agora passará por um processo administrativo.

Além do diretor, preso por armazenar material de pornografia infantil, um suspeito foi detido também em flagrante e uma mulher, de 26 anos, indiciada pelo mesmo crime. Um terceiro homem foi preso por tráfico de drogas.

A operação

A Polícia Federal recebeu denúncias em convênio com o órgão americano NCMEC (Centro Nacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas, em português). Nas investigações, os policiais conseguiram identificar linhas de internet em que eram feitos downloads e uploads de imagens pornográficas envolvendo crianças e adolescentes.

A partir dos endereços de IP dos computadores, os agentes localizaram os responsáveis e cumpriram 12 mandados de busca e apreensão, 11 em Campo Grande e um em Bonito. Nesta quarta-feira, foram realizadas ações no Jardim Leblon, Moreninhas, Jardim Colúmbia e Piratininga.

A operação começou em junho deste ano, quando um homem foi preso por abusar da sobrinha e compartilhar vídeos que gravava dos abusos, com outros pedófilos. O homem é cadeirante e morava com a mãe, mas o irmão dele que morava nas proximidades costumava deixar os três filhos aos cuidados do criminoso.

Os abusos aconteceram várias vezes, conforme constatado pela Polícia Federal. “A PF conta com uma ferramenta que é instalada agora e detecta em tempo real onde está sendo acessada uma imagem pornográfica ligada à pedofilia”, disse o delegado Marcelo Alexandrino de Oliveira, coordenador da operação e chefe da Delegacia de Defesa Institucional.

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