Publicado em 27/01/2017 às 14:20, Atualizado em 27/01/2017 às 17:23

Diretores do sistema prisional de MS têm celulares apreendidos pelo Gaeco

Na casa de um deles foram apreendidos R$ 90 mil em dinheiro.

G1,
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Divulgação

O diretor-presidente da Agência Estadual de Administração Penitenciária (Agepen) de Mato Grosso do Sul, Airton Stropa, teve o celular apreendido durante ação do Grupo Especial de Atuação ao Crime Organizado (Gaeco) nesta sexta-feira (27). Outros diretores também foram alvos.

O G1 entrou em contato com a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e aguarda retorno. Em entrevista à TV Morena, Stropa negou envolvimento no esquema. (assista ao vídeo abaixo)

A operação Girve cumpriu sete mandados de busca e apreensão tendo como alvos Airton Stropa, a Diretoria de Assistência Penitenciária (DAP), a chefia da Divisão de Estabelecimentos Penais (DEP), a Diretoria de Operações (DOP) e a chefia de Divisão de Trabalho.

Segundo o Gaeco, outros diretores da Agepen também tiveram celulares apreendidos e foram cumpridos mandados de busca e apreensão na casa deles, em Campo Grande, Dourados e Aquidauana e na sede da Agência. Em uma das residências foram encontrados R$ 90 mil em dinheiro.

O Gaeco investiga ilegalidades que teriam sido praticadas durante Treinamento para Intervenção Rápida, Contenção, Vigilância e Escolta do Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul, direcionado a agentes penitenciários, ocorrido em abril de 2016, na capital sul-mato-grossense.

Operação Xadrez

Na segunda-feira, o Gaeco deflagrou em Corumbá a operação Xadrez. Diretores dos presídios de regime fechado e semiaberto foram presos. Eles são investigados por suspeitas de facilidades a presos. Na cantina de uma das unidades penais vendia até maconha e lá foram apreendidos R$ 17 mil.

Outro suspeito de participar do esquema é o vereador Yousseff Mohamed El Salla, que foi conduzido coercitivamente para prestar depoimento. Ele é dono de uma clínica de fisioterapia e investigado por fornecer atestados falsos para os presos saírem da prisão para tratamentos que não existiam.

Quando o Gaeco deflagrou a operação Xadrez, a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) informou que iria abrir investigação interna para descobrir se outros funcionários também teriam suspeita de envolvimento com facilidadespara presos.